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Eike Batista é condenado a trinta anos de prisão por propina a Cabral

Sentença é do juiz Marcelo Bretas, em processo que faz parte da Lava Jato no Rio de Janeiro; ex-governador passa a ter penas que ultrapassam 120 anos

Por Guilherme Venaglia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 jul 2018, 21h31 - Publicado em 3 jul 2018, 11h56

O empresário Eike Batista foi condenado a trinta anos de prisão pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira 2. Na sentença, Eike, condenado pela primeira vez, foi considerado culpado dos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro, por sua participação em um esquema de propinas pagas ao então governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (MDB).

“Trata-se de pessoa que, a despeito de possuir situação financeira abastada, revelou dolo elevado em seu agir. Homem de negócios conhecido mundialmente, e exatamente por isso, suas práticas empresariais criminosas foram potencialmente capazes de contaminar o ambiente de negócios e a reputação do empresariado brasileiro, causando cicatrizes profundas na confiança de investidores e empreendedores que, num passado recente, viam o Brasil como boa opção de investimento”, escreveu o juiz, que também condenou o empresário a pagar uma multa de 53 milhões de reais.

Segundo a sentença, ele repassou 16,5 milhões de dólares (o equivalente a 64,4 milhões de reais pelo câmbio atual) ao esquema criminoso do ex-governador, que contou, segundo Bretas, com Carlos Miranda e Wilson Carlos Cordeiro como operadores, os “homens da mala”. Outra parte dos valores foram “lavados” no escritório de advocacia ao qual era ligada a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo.

Os quatro também foram condenados, junto com Eike e Flávio Godinho, ex-braço-direito do empresário. Cabral foi condenado a 22 anos e oito meses de prisão, pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, chegando a seis condenações em processos da força-tarefa da Operação Lava Jato e uma pena total, até o momento, de 122 anos e oito meses de prisão.

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Carlos Miranda e Wilson Cordeiro foram sentenciados a, respectivamente, oito anos e seis meses e nove anos e dez meses de reclusão na Lava Jato. Adriana Ancelmo foi condenada a quatro anos e seis meses de prisão. Flávio Godinho, por sua vez, responderá por uma pena de 22 anos de prisão.

Em manifestações aos autos, tanto Sérgio Cabral quanto Eike Batista afirmaram que ocorreram pagamentos do empresário ao então governador, mas com “fins eleitorais”, ou seja, recursos de caixa dois da campanha de Cabral à reeleição para o governo do Rio em 2010.

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