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Duque discute detalhes da delação premiada

Ex-diretor de Serviços da Petrobras foi indicado ao cargo por José Dirceu e era um dos principais operadores do propinoduto para o PT

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 5 ago 2015, 16h28

O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque se reuniu nesta quarta-feira pela primeira vez com procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato para discutir os termos de um acordo de delação premiada. A intenção do ex-dirigente é detalhar a participação de políticos no esquema do petrolão. A iminente colaboração de Duque com a Justiça pode reforçar a produção de provas contra parlamentares, contra o PT e contra o ex-ministro José Dirceu, responsável pela indicação política do ex-diretor na estatal.

Representantes da Procuradoria Geral da República acompanharam a reunião que deu início às tratativas de delação. Se houver revelações contra autoridades com foro privilegiado, os futuros depoimentos de Renato Duque serão tomados na PGR, em Brasília. Os investigadores avaliam a possibilidade de as informações dadas por ele terem impacto semelhante à delação do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, que levou à investigação de dezenas de políticos e jogou luz a detalhes do bilionário esquema de corrupção na Petrobras.

Duque contratou na última sexta-feira um novo escritório para discutir o acordo de delação premiada. Foi convencido depois de ver o ex-aliado Pedro Barusco, então gerente de Serviços e responsável pelo recebimento de propina, em liberdade, enquanto ele próprio está preso desde o início de março.

A farta produção de provas contra o ex-dirigente também foi crucial para ele acelerar a negociação da delação. De acordo com um advogado que acompanha o caso, o cenário era de uma difícil defesa técnica e, por isso, condenações a altas penas eram altamente prováveis.

A prisão de Renato Duque em março foi decretada depois que a força-tarefa da Lava Jato encontrou em Mônaco a fortuna que o ex-diretor limpou de contas na Suíça – documentos recebidos pelas autoridades brasileiras comprovam a movimentação do dinheiro no país europeu. Foram bloqueados 20 milhões de euros nas contas de Duque no principado. O Ministério Público verificou que, mesmo depois de deflagrada a operação, Duque seguiu desviando dinheiro de suas contas no exterior.

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