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Doria sofre derrota no PSDB e negocia com o DEM

Prefeito vê adversários adiarem prévias e corre contra o tempo para fortalecer candidatura ao governo de São Paulo antes de prazo de desincompatibilização

Por Da Redação
Atualizado em 15 fev 2018, 11h15 - Publicado em 15 fev 2018, 09h19

O prefeito de São Paulo, João Doria, sofreu uma derrota nos seus planos de concorrer o governo de São Paulo pelo PSDB. Apesar de ter avançado nas conversas para contar com o apoio do DEM, ele viu as prévias do partido, previstas inicialmente para o próximo dia 4, serem adiadas.

A ideia inicial, defendida pelo prefeito, é que o diretório paulista escolhesse o candidato a governador no mesmo dia em que os filiados vão às urnas para decidir o nome do partido à Presidência da República. A pedido dos três pré-candidatos que se apresentaram internamente para a disputa estadual, o PSDB-SP decidiu separar as votações e marcou a reunião de organização para o dia 5, após a eleição nacional.

A cada dia que a votação for postergada, a situação piora para Doria. O prefeito tem até o dia 7 de abril para renunciar ao atual cargo se quiser ser candidato ao Palácio dos Bandeirantes. Se as prévias ocorrerem depois disso, justamente o que pretendem seus adversários, ele teria que arriscar deixar a Prefeitura sem a garantia de ter a legenda para disputar o governo. Derrotado nas prévias, também não teria mais a opção de se filiar a outro partido a tempo.

“Defendo que as prévias sejam em maio. Assim haverá tempo para promovermos o bom debate. A política é feita de riscos”, afirmou um dos postulantes, o ex-senador José Aníbal. A posição é endossada pelos outros dois pré-candidatos registrados, o cientista político Luiz Felipe D’Ávila e o secretário de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro. Como Doria não assumiu a pré-candidatura até o momento, ele não é, ao menos formalmente, parte interessada na questão.

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Assim como os concorrentes, o prefeito se movimenta. Na seara interna, pretende conseguir uma maioria no diretório até a reunião do dia 5 para aprovar o calendário do seu interesse para a votação: o primeiro turno já no domingo seguinte, dia 11, e o segundo uma semana depois, no dia 18. Fora do PSDB, quer construir uma aliança forte com outros partidos que coloque sua postulação mais forte que as demais.

João Doria já conversou com o ministro das Cidades e ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), que cogita convidar para ser o seu candidato a vice-governador. Ele aproveitou o Carnaval para falar sobre o assunto com as duas principais lideranças nacionais do DEM: o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), e o prefeito de Salvador, ACM Neto.

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A ideia do prefeito é sacramentar o acordo em um almoço com o pré-candidato do partido ao governo, o secretário de Habitação Rodrigo Garcia, e convidá-lo para ser um dos candidatos ao Senado em sua chapa. O outro seria o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes (PSDB).

Por fim, atento às movimentações e ao risco de concorrer à Presidência com sua base aliada fracionada em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin ainda não desistiu da ideia de trazer seu vice, Márcio França (PSB), para se filiar ao PSDB e ser o candidato tucano ao pleito.

(Com Estadão Conteúdo)

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