Doria estuda reajuste parcial nas tarifas de ônibus
A declaração do reajuste contraria a promessa de não mexer nas tarifas de ônibus que o prefeito eleito fez logo após vencer as eleições na capital paulista
O prefeito eleito João Doria (PSDB) já estuda promover um reajuste “parcial” da tarifa de ônibus de São Paulo no primeiro ano de gestão, em 2017. A equipe do tucano considera aumentar a passagem para um valor intermediário entre os atuais 3,80 reais e os projetados 4,40 reais, segundo a edição desta sexta-feira do jornal Folha de S. Paulo.
A intenção é repassar aos usuários apenas os valores gastos pela prefeitura para cobrir benefícios e gratuidades. Ao mesmo tempo, Doria pretende abrir uma discussão pública para rever tais gratuidades, que beneficiam hoje vários grupos e que foram ampliadas nos últimos anos, durante a gestão Fernando Haddad (PT), como a estudantes de baixa renda e idosos com mais de 60 anos.
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A declaração do reajuste contraria a promessa que fez logo após vencer as eleições na capital paulista. Em 3 de outubro, dia seguinte à vitória no primeiro turno, Doria afirmou em entrevista: “Não vamos mexer na tarifa [de ônibus] no primeiro ano”. Naquela mesma semana, declarou: “A decisão está tomada, não vai mudar”.
Após a análises, os técnicos da equipe de Doria concluíram que os custos adicionais para manter a tarifa congelada em 2017 chegariam a 1,25 bilhão de reais, um valor suficiente para construir mais de 30 km de corredores exclusivos para ônibus. Na prática, isso significaria elevar em mais de 50% os subsídios ao sistema, hoje já em patamar acima de 2 bilhões de reais ao ano.
O subsídio é o dinheiro repassado pela prefeitura às viações de ônibus para cobrir a diferença entre o que os passageiros pagam e os custos reais dos serviços prestados.