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Dodge explica a Rodrigo Janot reunião com Temer

A futura chefe da PGR se encontrou com o presidente na noite de ontem fora da agenda oficial. Ofício enviado a Janot dá informações sobre posse

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 ago 2017, 19h24 - Publicado em 9 ago 2017, 16h52

Após se reunir com o presidente Michel Temer (PMDB) na noite de ontem fora da agenda oficial, a subprocuradora-geral da República Raquel Dodge, futura chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR), enviou ao atual procurador-geral, Rodrigo Janot, um ofício em que informa o teor do encontro com o peemedebista e detalhes sobre sua posse na PGR.

“Excelentíssimo Senhor Procurador-Geral da República, Cumprimentando-o, participo a Vossa Excelência que ontem à noite, no Palácio do Jaburu, o Presidente da República comunicou-me que deverá viajar no dia 18 de setembro para os Estados Unidos, onde participará da abertura da Assembleia Geral da ONU, que se realizará no dia seguinte. Por esta razão, tendo em vista que o mandato de Vossa Excelência terminará em 17 de setembro, a posse se dará às 10:30 horas da manhã do dia 18 de setembro”, diz o ofício assinado na manhã de hoje.

A ida de Dodge ao Palácio do Jaburu, por volta das 22 horas desta terça-feira, aconteceu no mesmo dia em que Michel Temer pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que Janot seja impedido de atuar em investigações que o envolvam. Indicada pelo presidente ao cargo após ser a segunda mais votada na lista tríplice do Ministério Público Federal, a procuradora justificou a visita fora da agenda oficial como necessária às tratativas do termo de posse.

Rodrigo Janot denunciou Temer ao STF pelo crime de corrupção passiva a partir das delações premiadas de executivos do Grupo J&F, que controla a JBS. A acusação acabou arquivada pela Câmara dos Deputados por 263 votos a 227.

Antes da posse de Raquel Dodge na PGR, Janot deve apresentar mais uma denúncia contra o presidente, desta vez por obstrução de Justiça. Em uma conversa gravada pelo empresário e delator Joesley Batista, dono do Grupo J&F, o empresário relatou ao peemedebista que estaria “de bem” com o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o doleiro Lúcio Bolonha Funaro, ambos presos, e ouviu de Michel Temer “tem que manter isso aí”.

Segundo Joesley, o estar “de bem” com o peemedebista e o operador financeiro significava que ele pagou propina a ambos para que Cunha e Funaro não aderissem a acordos de delação premiada com a PGR.

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(Reprodução/Reprodução)

Reunião com Gilmar cancelada

Depois de se encontrar com Temer, a futura procuradora-geral da República cancelou a reunião que teria às 19 horas desta quarta-feira com o ministro do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, que, assim como o presidente, é desafeto de Rodrigo Janot.

Ao desmarcar o encontro com Gilmar, segundo a assessoria de imprensa do TSE, Dodge alegou que tinha outro compromisso e que o tema é “muito institucional” para tratar antes de sua posse na Procuradoria-Geral da República.

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No encontro, ela debateria com Gilmar Mendes e os ministros da Defesa, Raul Jungmann, e do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, o “crime organizado nas eleições”. Apesar da falta da procuradora, o compromisso entre os ministros está mantido.

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