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Discurso de Dilma revela perda de equilíbrio, afirma presidente do PMDB

Senador Romero Jucá criticou a presidente por se referir a Temer e Cunha como 'chefe e vice-chefe do gabinete do golpe'

Por Da Redação 12 abr 2016, 18h33

Presidente interino do PMDB, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) afirmou nesta terça-feira que o discurso da presidente Dilma Rousseff de acusar o vice-presidente Michel Temer e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, de “chefe e vice-chefe do gabinete do golpe” revela que a petista partiu para a “apelação” e está em um quadro evidente de “perda de equilíbrio”.

Em um duro discurso direcionado a Temer e Cunha, Dilma utilizou um encontro com representantes do setor de educação nesta terça para afirmar que “existem dois chefes do golpe que agem em conjunto e de forma premeditada”. As críticas de Dilma começaram quando a presidente citou o vazamento, ontem, de um áudio em que Temer fala como se o processo de admissibilidade do impeachment, cuja votação está prevista para o próximo domingo no plenário da Câmara, já tivesse sido aprovado. “Vivemos tempos estranhos e preocupantes; tempos de golpe, de farsa e de traição. Ontem utilizaram a farsa do vazamento para difundir a ordem unida da conspiração”, afirmou Dilma. “Conspiram abertamente, à luz do dia, para desestabilizar uma presidente legitimamente eleita”, emendou a petista, sob os gritos de “Fora Temer” dos presentes.

Na avaliação do presidente do PMDB, no entanto, o raciocínio de Dilma seria um sinal de “perda de serenidade” a ponto de repetir o discurso fracassado de golpe já utilizado pelo então presidente Fernando Collor durante seu impeachment, em 1992. “Lamento que a presidente Dilma esteja perdendo a serenidade e esteja tentando culpar outras pessoas pelo desacerto de seu próprio governo. Se a presidente Dilma quer procurar pessoas que atrapalharam o governo, deve olhar para dentro do governo. O governo está pagando pelos erros que cometeu. Não é o presidente Michel Temer, não é nenhum membro do Congresso que está fazendo alguma ação deliberada”, disse o senador, lembrando que o papel de parlamentares na discussão do processo que pode levar à deposição da petista “é fazer com que a Constituição possa ser validada”.

“Dilma está apelando para um enredo já ultrapassado porque falar em golpe é o que falou o presidente Collor há muitos anos. O governo devia fazer uma autocrítica e reconhecer a difícil situação em que colocou o Estado brasileiro”, continuou Romero Jucá. “Apelar e tentar reduzir tudo isso a dizer que é um golpe é a mesma tentativa que fez Fernando Collor em 92 no que diz respeito a seu impeachment. É um enredo batido, copiado e que não deu certo. Era melhor que a presidente tivesse um pouco mais de equilíbrio e de análise das suas próprias limitações e de seus próprios erros”, resumiu.

O senador ainda criticou a cobrança do chefe de gabinete de Dilma, Jaques Wagner, que exigiu a renúncia de Michel Temer depois do vazamento do áudio em que discursa sobre um cenário pró-impeachment. “Querer propor a renúncia do presidente Michel Temer é querer imolar alguém que não tem culpa no cartório. Se o ministro Wagner tiver que propor a renúncia de alguém, o melhor para o Brasil seria que ele propusesse a renúncia da presidente Dilma. Não sei se ele vai conseguir convencê-la. O presidente Michel não tem nenhum motivo para renunciar. É um político experimentado e pode ser muito importante nesse momento em que o país precisa redefinir o seu rumo e o seu caminho”, disse.

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