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Diniz diz à PF que ‘não lembra’ quanto pagou a compadre de Lula

Presidente da Fecomércio-RJ foi preso na última sexta-feira. Segundo MPF, escritório de Roberto Teixeira recebeu R$ 68 milhões da entidade

Por Estadão Conteúdo 27 fev 2018, 16h14

Preso na semana passada pela Polícia Federal na Operação Jabuti, uma das fases da Lava Jato no Rio de Janeiro, o presidente da Fecomércio-RJ, Orlando Diniz, disse em depoimento aos investigadores não se lembrar do valor pago pela entidade ao escritório de Roberto Teixeira, advogado e compadre do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Ministério Público Federal investiga o repasse de 180 milhões da entidade escritórios de advocacia, entre as quais o Teixeira, Martins Advogados, de Teixeira. Conforme a força-tarefa da Lava Jato Rio, o escritório recebeu 68 milhões de reais da Fecomércio fluminense.

No depoimento, prestado após ser preso, Diniz foi questionado sobre o motivo de ter contratado o escritório e sobre o valor repassado ao escritório de Roberto Teixeira e, conforme o relatório da oitiva, respondeu que “que não se recorda do valor pago, mas este está em contrato arquivado junto a entidade”, disse. “Os pagamentos realizados ao escritório de Roberto Teixeira, inicialmente foram feitos pela Fecomércio e os seguintes foram rateados com Sesc/Senac”, completou.

Danielle Paraiso de Andrade, ex-mulher de Orlando Diniz, foi diretora jurídica e diretora de governança do Senac e também prestou depoimento ao investigadores. Ela relatou que, em 2011, houve um pedido de intervenção do Sesc nacional e também abertura de procedimento no Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a gestão de Diniz.

 

Segundo Danielle, em 2012, durante uma reunião no Senac, um advogado disse que o problema era político e indicou o escritório de Roberto Teixeira “como capacitado para manter Orlando na presidência do Sesc e Senac Rio”. A ex-mulher de Orlando Diniz declarou ter sabido depois que a “entrega teria sido viabilizada por Álvaro Novis”, que seria doleiro do presidente da Fecomércio.

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Diniz afirmou no depoimento que “Álvaro Novis seria o pai de uma amiga de seu filho” e “não estabeleceu qualquer tipo de contato de natureza comercial com o declarante”.

Álvaro Novis é um dos delatores da Lava Jato. Em sua colaboração, ele relatou que Orlando Diniz tinha uma conta administrada por ele sob o codinome “Leblon” e entregou uma planilha com um créditos e saques.

Na sexta-feira, por meio de nota, o escritório Teixeira, Martins Advogados afirmou que “presta serviços jurídicos à Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomercio-RJ), entidade privada de representação dos comerciantes daquele Estado, desde 2011 em caso de alta complexidade, como pode ser verificado nos sites do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, do Superior Tribunal de Justiça, do Supremo Tribunal Federal e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. O escritório não comenta assuntos relativos aos seus clientes ou honorários advocatícios contratados, que são protegidos por sigilo legal. O escritório tomará todas as providências cabíveis em relação à divulgação e manipulação desses dados pelo Ministério Público Federal”.

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