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Dilma substitui Ana de Hollanda por Marta na Cultura

Desde que assumiu o posto, ministra enfrentava oposição da classe artística e de setores do PT; troca no cargo foi acertada pelo ex-presidente Lula

Por Tai Nalon e Gabriel Castro
11 set 2012, 15h54

O Palácio do Planalto anunciou nesta terça-feira a saída da ministra da Cultura, Ana de Hollanda, que será substituída no cargo pela senadora Marta Suplicy (PT-SP) .O anúncio foi feito depois de uma reunião entre a ministra e a presidente Dilma Rousseff, em Brasília. Marta assumirá a pasta na quinta-feira. Ao contrário da maioria de seus colegas, que caíram em meio a escândalos de corrupção, a ministra sai de cena por um acerto com o PT, para acomodar Marta Suplicy. Após muita resistência, Marta aceitou os apelos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ingressar na campanha do petista Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo. E o posto no ministério de Dilma entrou na negociação. Desde que foi preterida na escolha para disputar a prefeitura paulistana, Marta recusou-se a comparecer aos principais eventos eleitorais, o que impôs desgaste à chapa de Haddad. Diante da dificuldade em fazer a candidatura do pupilo decolar, Lula propôs um acordo à senadora. A avaliação do ex-presidente é que, sem o eleitorado dela na periferia, Haddad não tem chances de chegar ao segundo turno. Na semana passada, Marta apareceu em inserções de rádio e TV e participou de um ato de campanha de Haddad. O cálculo da petista é que, ao lado de Dilma, ela volta ao páreo para disputar a vaga de candidata do PT ao governo de São Paulo em 2014 com os colegas de ministério Aloizio Mercadante (Educação) e Alexandre Padilha (Saúde). Em nota oficial, a presidente Dilma Rousseff agradeceu o “empenho e os relevantes serviços prestados ao país” por Ana e afirmou ter confiança de que Marta Suplicy “dará continuidade às políticas públicas do ministério”. A ministra, ao longo de sua gestão, envolveu-se em irregularidades e medidas controversas o suficiente para justificar seu afastamento. Antes mesmo de sua nomeação para o ministério, Ana de Hollanda já enfrentava a oposição da classe artística e de uma ala do PT. Isso tudo, somado a sua inépcia na função, só fez a aumentar a pressão por sua demissão. No final de agosto, o vazamento de uma carta em que Ana cobra do próprio governo mais recursos para a Cultura acentuou o desconforto no Planalto. Carreira – Ana de Hollanda, de 62 anos, é cantora, compositora e irmã de Chico Buarque. Ela ingressou na política como militante do antigo Partido Comunista Brasileiro (PCB). Ao longo de sua carreira, trabalhou no Centro Cultural de São Paulo, foi secretária de Cultura de Osasco, dirigiu o Centro de Música da Fundação Nacional de Artes (Funarte) e foi vice-presidente do Museu da Imagem e do Som (MIS), do Rio de Janeiro. Demissões no governo – Antes de Ana de Hollanda, foram demitidos do governo Dilma Rousseff os ministros, Antonio Palocci, da Casa Civil; Alfredo Nascimento, dos Transportes; Nelson Jobim, da Defesa; Wagner Rossi, da Agricultura; Pedro Novais, do Turismo; Orlando Silva, do Esporte; Carlos Lupi, do Trabalho; e Mario Negromonte, das Cidades.

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