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Dilma reconduz Janot e afirma: ‘Políticos têm que aceitar veredicto das urnas’

Cada vez mais acuada, presidente também afirmou que juízes devem trabalhar desligados de paixões político-partidárias

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 set 2015, 12h45

Em mais um indício da preocupação do governo com os movimentos pró-impeachment no Congresso, a presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira, ao reconduzir o procurador-geral Rodrigo Janot para um mandato de mais dois anos, que “políticos têm que aceitar o veredicto das urnas”. Acuada diante das crises econômica e política e do risco de terem seguimento pedidos de impedimento contra ela, a petista defendeu o combate à corrupção, mas disse que juízes devem analisar suspeitas “desligados de paixões político-partidárias”.

A manifestação de Dilma ocorre um dia após o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter proferido um duro voto em favor do financiamento privado de campanhas políticas e de ter acusado o PT de, ao saquear a Petrobras no escândalo do petrolão, ter atuado em prol da “perpetuação de um projeto de poder”. “Queremos um país em que os políticos pleiteiam o poder por meio do voto e aceitem o veredicto das urnas, em que os governantes de comportem rigorosamente segundo suas atribuições, sem ceder a excessos, em que os juízes julguem com liberdade e imparcialidade, sem pressões de qualquer natureza e desligados de paixões político-partidárias”, declarou a presidente.

“Queremos um país em que o confronto de ideias se dê em um ambiente de civilidade e respeito. Queremos que opiniões se imponham pelo debate de ideias e contraditório, posto que ofensas e insultos serão sempre a negação da boa prática, da boa política e da ética”, completou ela.

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A despeito das provas evidentes de desvios na Petrobras e dos indícios de que boa parte da base aliada se locupletou dos cofres da estatal com propinas pagas ao longo dos anos, a presidente atribuiu à sua gestão a “construção de um ambiente político, legal e constitucional propício ao combate da corrupção”. “Poucos governos na nossa história se dedicaram de maneira tão enérgica e metódica à construção de ambiente político, legal e constitucional propício ao combate da corrupção. Nunca utilizamos do poder governamental, direta ou indiretamente, para bloquear ou obstaculizar investigações, que, nos termos da nossa legislação, devem ser realizadas com firmeza e com todas as garantias pelas autoridades competentes”, disse a presidente.

Depois de ter criticado o uso da delação premiada para desvendar esquemas criminosos, Dilma disse que seu governo foi responsável pela elaboração de leis que ajudaram no combate à corrupção. “Também pela primeira vez assistimos à recuperação pelo Estado de vultosos recursos desviados por agentes públicos ou privados responsáveis por atos de corrupção. O resultado desse esforço para aprimorar a legislação e assegurar de fato a plena atuação funcional conferida às instituições do Estado encarregadas de apurar e investigar é inegável. Nunca se combateu a corrupção tão severamente”, exaltou.

Com dois ministros à beira de serem investigados por terem recebido dinheiro do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, a presidente Dilma Rousseff afirmou ainda que “jamais transigimos com a presunção da inocência de quaisquer cidadãos”. “Queremos que as duras sanções da lei recaiam sobre todos os que praticaram atos ilícitos, sem exceção. O compromisso do meu governo com o Brasil é não compactuar sob qualquer circunstância com ilícitos e mal feitos”, disse ela. Ao reconduzir o procurador-geral Rodrigo Janot para mais um mandato, a petista também defendeu a transparência e a fiscalização efetiva dos gastos públicos e a autonomia do Ministério Público para conduzir investigações.

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