Dilma recebe condecoração durante visita à Bulgária
Na quinta-feira, a presidente vai visitar a cidade onde nasceu seu pai, Petar
A presidente Dilma Rousseff começou, nesta quarta-feira, uma visita de dois dias à Bulgária, país onde nasceu seu pai, Petar Roussev. Durante uma cerimônia na sede do governo búlgaro, Dilma afirmou que estava feliz e emocionada com a visita. Ela assistiu à cerimônia ao lado do presidente do país, Georgui Parvanov.
Dilma disse ainda que se sente ligada à Bulgária por laços de sangue e pela memória de seu país. Petar Roussev chegou ao Brasil em 1929 e morreu em 1962. A presidente foi condecorada por Parvanov com a ordem Stara Planina, a maior distinção da República da Bulgária. Ela também defendeu mais relações econômicas e políticas com o país europeu.
“Meu país vê na Bulgária um sócio nesta região, onde queremos estreitar e expandir nossa presença”, afirmou Dilma. Brasil e Bulgária assinaram nesta quarta-feira um acordo de cooperação econômica e outro na área de informática. Dilma deve participar durante a tarde em um fórum econômico Bulgária-Brasil, que terá as presenças de representantes de grandes empresas brasileiras como Petrobras, Vale, Eletrobras, Marcopolo e Embraer.
Na quinta-feira, a presidente terá a parte mais emotiva da visita à Bulgaria, com uma viagem a Gabrovo – cidade que fica a 230 quilômetros de Sofia, aos pés da cadeia de montanhas dos Bálcãs -, onde seu pai nasceu. “Será um dia histórico”, disse o prefeito da cidade, Nicolai Sirakov. No total, a presidente permanecerá por apenas 90 minutos na localidade. Dilma desembarcou na Bulgária na terça-feira à noite, procedente de Bruxelas. A viagem pela Europa terminará na Turquia.
No programa oficial de Dilma, não há uma visita ao túmulo de seu meio irmão, Luben Roussev, que passou mais de três anos abandonado. Luben confessou a amigos na Bulgária que sentia que a família Rousseff no Brasil temia que ele pedisse sua parte na herança. Dilma chegou a manter correspondências com ele nos últimos anos de sua vida e a imprensa búlgara especula a possibilidade de uma visita secreta da presidente ao cemitério local e, por isso, planeja manter fotógrafos de plantão por lá.
(Com agências France-Presse e Estado)