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Dilma nomeia irmão de Requião e Roberto Amaral para Itaipu

Novos conselheiros de usina ganham salário de R$ 20,8 mil por seis reuniões anuais e são ligados politicamente ao PT

Por Felipe Frazão 3 jun 2015, 10h35

A presidente da República, Dilma Rousseff, nomeou como novos conselheiros da usina Itaipu Binacional (Brasil-Paraguai) o ex-presidente do PSB Roberto Amaral, dissidente no partido e ex-ministro (Ciência e Tecnologia) do governo Lula, e Maurício Requião (PMDB), irmão do senador Roberto Requião (PMDB-PR) e conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Paraná.

Os decretos de nomeação foram publicados nesta quarta-feira no Diário Oficial da União. Amaral e Maurício Requião devem ficar no cargo, inicialmente, até 16 de maio de 2016, mas podem ser reconduzidos ao mandato. Eles substituem os conselheiros Orlando Moisés Fischer Pessuti, advogado e filho do ex-governador paranaense Orlando Pessuti (PMDB), e o físico e engenheiro nuclear Luiz Pinguelli Rosa, ligado ao PT e ex-presidente da Eletrobrás quando Dilma era ministra de Minas e Energia.

Roberto Amaral e Maurício Requião vão receber salário de 20.804,13 reais para participar de ao menos seis reuniões anuais do Conselho de Administração de Itaipu, uma a cada dois meses. Além disso, também recebem remunerações variáveis como diárias de viagem e bônus por lucro, conforme ocorreu com o ex-conselheiro de Itaipu e ex-tesoureiro nacional João Vaccari Neto, réu por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato. Vaccari deixou o posto de conselheiro em janeiro e foi substituído pelo secretário-geral da Presidência Giles Azevedo, assessor de confiança de Dilma. Nos últimos sete anos, Vaccari declarou à Justiça Federal renda bruta de 3,4 milhões de reais – mais da metade, cerca de 2 milhões de reais, vieram de rendimentos de Itaipu, cujo conselho integrava desde 2003.

Aliados – Roberto Amaral e Roberto Requião têm defendido posições próximas ao PT em seus partidos. Candidato a governador derrotado no ano passado pelo tucano Beto Richa, Requião declarou apoio à presidente Dilma e fez campanha ao lado dela no segundo turno, quando a presidente se reelegeu contra Aécio Neves (PSDB). O peemedebista também defendeu a indicação do novo ministro Luiz Edson Fachin, eleitor convicto de Dilma, ao Supremo Tribunal Federal.

Amaral, por sua vez, sempre foi contra a candidatura do PSB à Presidência e ao afastamento do partido do campo político de aliado ao PT. Após a morte do ex-governador pernambucano Eduardo Campos, em acidente aéreo em agosto, resistiu à substituição dele na cabeça de chapa da Presidência pela ex-senadora Marina Silva, então candidata a vice-presidente. No segundo turno, com a adesão de Marina e do PSB à candidatura oposicionista de Aécio, Amaral publicou carta aberta com críticas à aliança e disse que o PSB “jogava no lixo o legado de seus fundadores” com o movimento eleitoral.

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