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Dilma muda o tom e reconhece que a Petrobras não está imune à corrupção

Em entrevista no Palácio da Alvorada convocada por sua campanha, presidente afirmou que a empresa é maior do que funcionários que cometeram crimes

Por Gabriel Castro, de Brasília
24 ago 2014, 13h36

A presidente Dilma Rousseff mudou o tom diante das irregularidades na gestão da Petrobras no governo do PT. Neste domingo, em entrevista coletiva convocada por sua campanha à reeleição, a presidente-candidata foi questionada sobre as consequências da delação premiada aceita por Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal preso na operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Dilma não comentou diretamente a delação, mas adotou um discurso diferente do que vinha repetindo nas últimas semanas: “Se pessoas cometeram erros, malfeitos, crimes, atos de corrupção, isso não significa que as instituições tenham feito isso. Não se pode confundir as pessoas com as instituições”, disse ela, que até agora costumava apenas criticar o “uso eleitoral” das denúncias envolvendo a Petrobras.

Dilma também afirmou que não há instituição imune a irregularidades. “Nas empresas, inclusive nas que vocês trabalham, pode ocorrer isso. Não existe nenhuma instituição acima de qualquer suspeita quando se trata de seus integrantes”, afirmou.

A presidente comentou ainda uma afirmação dada por Marina Silva, candidata do PSB. Em um comício no Recife neste sábado, a sucessora de Eduardo Campos afirmou que o presidente da República não precisa ser um gerente. Dilma respondeu: “Essa história de que o governo não precisa de ter cuidado com a execução de suas obras ou obrigação de entregá-las é uma temeridade”. A presidente disse que isso é algo de quem “nunca teve experiência administrativa” e fez uma ironia: “Acho que o pessoal está confundindo o presidente da República com algum rei ou rainha de algum país constitucional”.

As declarações de Dilma foram dadas em uma rápida entrevista coletiva convocada por sua equipe da campanha e realizada no Palácio da Alvorada, a residência oficial da presidente. Os pronunciamentos diários da petista se tornaram rotina nessa época de eleição, mesmo quando não há anúncios a fazer. Neste domingo, por exemplo, Dilma abriu a coletiva anunciando que almoçaria em seguida com Lira Neto, autor da biografia do ex-presidente Getúlio Vargas.

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A presidente afirmou que “algumas medidas” de Vargas foram importantes, como a criação da Petrobras e da Vale. Ela também disse que o líder gaúcho terminou a vida como “um grande democrata”.

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