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Dilma: ‘Inflação está sob controle, mas não está tudo bem’

Em jantar com jornalistas, presidente se defendeu de críticas à economia: 'É absurda esta história de dizer que vai explodir tudo em 2015. É ridícula'

Por Da Redação
7 Maio 2014, 08h07

Buscando defender a sua política econômica, a presidente Dilma Rousseff afirmou na noite desta terça-feira, durante um jantar oferecido a jornalistas mulheres no Palácio da Alvorada, que a inflação está “sob controle” no país, mas reconheceu que “não está tudo bem” em relação aos preços. A presidente avalia que há uma sensação de “mal-estar” e “mau humor” com a economia.

“Tem uma coisa que explica o mau humor, que é a comparação entre a taxa de crescimento de bens e de serviços. Melhorou a renda, eu quero mais. A população quer mais e melhores serviços. O estoque de bens é de agora, mas de serviços é do passado, quem me critica tem memória curta”, defendeu-se Dilma, que está em queda nas pesquisas eleitorais.

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Além disso, ela atribuiu à oposição e outros setores estarem alimentando a sensação de “mal-estar” e rebateu a avaliação de economistas sobre 2015, apontado como um ano de ajustes em que o país pode entrar em crise. “É absurda esta história de dizer que vai explodir tudo em 2015. É ridícula. O Brasil vai é bombar”, reagiu a presidente negando aumento de impostos no ano que vem – o que contraria a afirmação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que no final de semana declarou que há uma previsão de aumento de tributos sobre bens de consumo para cumprir a meta de superávit fiscal deste ano, de 1,9% do PIB (Produto Interno Bruto).

Durante o encontro, que teve a participação de dez jornalistas de alguns dos principais jornais e TVs do país, Dilma desqualificou as propostas de seus adversários na corrida pelo Planalto. Sem citar nomes, criticou a proposta do pré-candidato Eduardo Campos (PSB) de perseguir uma meta da inflação de 3% – a atual é de 4,5%. “Aí vem uma pessoa e diz que a meta de inflação é 3%. Faz uma meta de inflação de 3% e sabe o que isso significa? Significa desemprego lá pelos 8,2%. Eu quero ver como mantém investimento social e investimento público em logística com esta meta. Não tem como fazer isso”.

O pré-candidato do PSDB, Aécio Neves, também não escapou. Sobre ele, Dilma afirmou que “tem gente defendendo medidas impopulares. Só tem que ter cuidado para que medida impopular não se transforme em antipopular”.

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CPI da Petrobras – A presidente também comentou a instalação da CPI da Petrobras, sobre a qual governo e oposição discutem – enquanto o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB) anunciou na terça-feira dez parlamentares governistas para compor a comissão de inquérito exclusiva do Senado, os oposicionistas pressionam pela instalação de uma CPI mista da Petrobras, formada por senadores e deputados.

Dilma disse não temer CPI, que para ela tem objetivos políticos. “Não tenho dúvida de que tenha componente político. É muito contraditório o tratamento que se dá no Brasil às investigações sobre qualquer coisa. As investigações só atingem o governo federal. E o interesse todo nessa história sou eu”.

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A presidente declarou ainda não ter se arrependido da nota, divulgada em março, na qual justificou a aprovação da compra, pela Petrobras, da refinaria de Pasadena, nos EUA – no texto, ela alegou que a diretoria da estatal não apresentou ao Conselho de Administração, na época presidido por Dilma, as cláusulas mais tarde consideradas lesivas sobre o negócio, no qual a Petrobras teve grande prejuízo. “Não me arrependo. Não tem nada ali que os órgãos de fiscalização não soubessem. Isso está nas atas que estão de posse do TCU”, afirmou a presidente.

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