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Dilma: “Espionagem tem interesses econômicos e estratégicos”

Em nota divulgada pelo Planalto, presidente cobra posicionamento do governo americano sobre denúncia de monitoramento da Petrobras

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 set 2013, 18h32

Após a suspeita de que a Petrobras também faz parte do programa de espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA, em inglês), a presidente Dilma Rousseff emitiu uma nota nesta segunda-feira pela qual cobra um posicionamento do governo americano sobre o caso e aponta o que acredita serem os interesses por trás da investida dos Estados Unidos.

“A Petrobras não representa ameaça à segurança de qualquer país. Representa, sim, um dos maiores ativos de petróleo do mundo e um patrimônio do povo brasileiro”, argumentou a presidente na nota. “Assim, se confirmados os fatos veiculados pela imprensa, fica evidenciado que o motivo das tentativas de violação e de espionagem não é a segurança ou o combate ao terrorismo, mas interesses econômicos e estratégicos”, continua.

Na última quinta-feira, durante reunião da cúpula do G20, na Rússia, Dilma cobrou explicações do presidente dos EUA, Barack Obama, sobre a denúncia de que mensagens da presidente teriam sido monitoradas. Obama afirmou que dará uma resposta ao Brasil até esta quarta-feira – dia em que o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, viajará para Nova York para se reunir com a conselheira de segurança nacional, Susan Rice.

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Dilma disse, ainda, que o governo brasileiro “está empenhado em obter esclarecimentos do governo norte-americano sobre todas as violações eventualmente praticadas”. A presidente ressaltou que irá exigir medidas concretas que afastem a possibilidade de espionagem “ofensiva aos direitos humanos, à nossa soberania e aos nossos interesses econômicos”.

Ao fim da nota, Dilma ressalta que a atitude do governo americano em espionar dados e informações “são incompatíveis com a convivência democrática entre países amigos, sendo manifestamente ilegítimas”. E manda um recado: “De nossa parte, tomaremos todas as medidas para proteger o país, o governo e suas empresas”.

Veja a íntegra do documento:

Mais uma vez, vieram a público informações de que estamos sendo alvo de mais uma tentativa de violação de nossas comunicações e de nossos dados pela Agência Nacional de Segurança dos EUA. Inicialmente, as denúncias disseram respeito ao governo, às embaixadas e aos cidadãos – inclusive a essa Presidência. Agora, o alvo das tentativas, segundo as denúncias, é a Petrobras, maior empresa brasileira. Sem dúvida, a Petrobras não representa ameaça à segurança de qualquer país. Representa, sim, um dos maiores ativos de petróleo do mundo e um patrimônio do povo brasileiro.

Assim, se confirmados os fatos veiculados pela imprensa, fica evidenciado que o motivo das tentativas de violação e de espionagem não é a segurança ou o combate ao terrorismo, mas interesses econômicos e estratégicos.

Por isso, o governo brasileiro está empenhado em obter esclarecimentos do governo norte-americano sobre todas as violações eventualmente praticadas, bem como em exigir medidas concretas que afastem em definitivo a possibilidade de espionagem ofensiva aos direitos humanos, a nossa soberania e aos nossos interesses econômicos.

Tais tentativas de violação e espionagem de dados e informações são incompatíveis com a convivência democrática entre países amigos, sendo manifestamente ilegítimas. De nossa parte, tomaremos todas as medidas para proteger o país, o governo e suas empresas.

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