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Dilma entrega ministério a peemedebista. Partido avalia punição

PMDB aprovou no sábado 'aviso prévio' ao governo, determinando que nenhum membro da legenda assumiria cargo na administração federal

Por Da Redação 16 mar 2016, 15h05

Depois de entregar a Casa Civil para o ex-presidente Lula, a presidente Dilma Rousseff promoveu mais um rearranjo ministerial nesta quarta-feira. Em uma tentativa de reaproximação com o PMDB, a petista anunciou a nomeação do deputado Mauro Lopes (MG) para a Secretaria de Aviação Civil (SAC). Com status de ministério, a pasta estava sem comando desde dezembro do ano passado, quando o então ministro Eliseu Padilha (PMDB), um dos principais fiadores do rompimento do partido com o Planalto, deixou o cargo. A ida de Lopes para o alto escalão do governo deve provocar mais um racha no PMDB.

No último sábado, a convenção do partido aprovou uma espécie de “aviso prévio” determinando que nenhum peemedebista assumiria cargos no governo até que fosse deliberada, em trinta dias, a possibilidade formal de rompimento entre a legenda e o Planalto. A moção era um claro recado a Mauro Lopes, parlamentar de 79 anos que nos últimos dias já era chamado de ministro nos corredores da Câmara.

A confirmação de Lopes na SAC conta com o aval do líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani (RJ), e representa uma retribuição do governo à bancada mineira do partido, que apoiou a recondução de Picciani à liderança durante votação em fevereiro. O deputado fluminense é a esperança do Planalto de que a maior legenda da Casa não vai embarcar de forma maciça na campanha pelo impeachment de Dilma Rousseff. Ele chegou a acomodar na comissão que vai avaliar a destituição da petista apenas peemedebistas considerados governistas e com inclinação a salvar Dilma no Congresso.

Para peemedebistas opositores ao governo, ao nomear Lopes, Dilma confronta diretamente uma decisão tomada oficialmente pelo partido. “Dilma fica acima da convenção do PMDB? Tenho certeza de que a legenda não cederá”, afirma o deputado Lúcio Vieira Lima (BA), que compõe a ala “rebelde” do partido.

Um grupo de cerca de vinte deputados já prepara uma nota que pede a imediata suspensão de Lopes assim que ele for empossado na SAC e ainda um encaminhamento do caso à Comissão de Ética da legenda para avaliar a sua desfiliação do partido. “Ele está afrontando uma decisão partidária com o aval da presidente da República”, disse Darcísio Perondi (RS).

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