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Dilma e Aécio: frente a frente, agora no impeachment

Senador tucano, que perdeu as eleições para a petista em 2014 aproveitou sua pergunta para citar debates eleitorais de que ambos participaram

Por Da redação
Atualizado em 29 ago 2016, 16h22 - Publicado em 29 ago 2016, 15h11

A sessão desta segunda-feira em que a presidente afastada Dilma Rousseff apresenta sua defesa aos senadores colocou a petista novamente frente a frente com o tucano Aécio Neves, derrotado por ela nas eleições presidenciais de 2014. E o senador abriu sua arguição justamente citando o pleito de dois anos atrás. Aécio citou perguntas feitas por ele a Dilma em dois debates dos quais participaram durante a campanha – lembrando, ainda, do discurso do medo adotado pela petista por orientação do marqueteiro João Santana. O tucano afirmou que, nos debates, Dilma escondeu a situação econômica do país. Ao encerrar, perguntou se a petista e seu governo se sentem responsáveis pela recessão e pelos 12 milhões de desempregados no Brasil: “Questiono em que dimensão vossa excelência se sente responsável por essa recessão, pelos desempregados e pela perda média de 5% das rendas”.

“Vossa Excelência recorre aos votos que recebeu como justificativa. Não é salvo-conduto. É delegação que pressupõe deveres e direitos. O maior dos deveres de quem recebe votos é o respeito a leis e à Constituição”, provocou o tucano. Em tom duro, Aécio criticou Dilma por “apontar” o PSDB e “esquecer” que são as contas de sua campanha que estão sendo investigadas pela Justiça. Segundo ele, a perda de uma eleição não desonra uma legenda, mas vencer “as eleições faltando com a verdade”, sim.

Dilma abriu sua resposta afirmando: “Jamais imaginei que depois de nossos debates nos encontraríamos aqui hoje. Tenho certeza de que, ao longo de todo o processo eleitoral, nos debatemos e nos respeitamos. O que tenho dito, afirmei no meu discurso, e  reafirmo agora, é que, a partir do dia da minha eleição, uma série de medidas politicas para desestabilizar meu governo foram tomadas, infelizmente”. Dilma lembrou que, após sua reeleição, uma série de medidas para desestabilizar seu governo foram adotadas. Como exemplo, citou o pedido do PSDB ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que houvesse auditoria nas urnas eletrônicas e nas contas da campanha petista.

Na sequência, ela voltou a culpar o cenário externo e a ação da oposição pela crise. “Eu acredito no direito sagrado da oposição. Isso faz parte da riqueza democrática. O que ela não pode fazer é, em nome do quanto pior, melhor, impedir o país de sair da crise”, afirmou. “Tenho clareza que uniram-se duas forças diferentes: uma força que foi gravada, que queria que a sangria continuasse, e outra queria impedir o combate à crise”. Para encerrar, a presidente afastada alfinetou Aécio, que não tem direito a tréplica: “Eu respeito o voto direto nesse país. Acho que o voto direto é uma grande conquista nossa. Sempre disse que prefiro os barulho das ruas, das divergências eleitorais. Mas não respeito a eleição indireta, que é produto de um processo de impeachment sem crime de responsabilidade”.

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