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Dilma diz que só viaja aos EUA após Obama resolver crise

Em nota oficial, o Palácio do Planalto atrelou o cancelamento da visita da presidente a Washington à avaliação de que a Casa Branca não tem se empenhado o suficiente para investigar as acusações de espionagem

Por Da Redação
17 set 2013, 15h35

Em nota oficial emitida na tarde desta terça-feira, a presidente Dilma Rousseff afirmou que adiou a visita oficial a Washington até que a Casa Branca esclareça as denúncias de espionagem praticadas pela Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) contra a presidente e a Petrobras. A viagem estava marcada para 23 de outubro.

O Palácio do Planalto deixou claro que o cancelamento da viagem é consequência da insatisfação do governo brasileiro diante do que classificou de “ausência de tempestiva apuração do ocorrido, com as correspondentes explicações e o compromisso de cessar as atividades de interceptação”.

A Casa Branca também emitiu um comunicado nesta terça-feira em que ressalta a parceria fundamentada em valores democráticos entre os dois países e prometeu atuar com o governo brasileiro para desfazer o impasse. O texto afirma que Barack Obama já exigiu uma ampla análise da postura de todo o sistema de inteligência do país, mas a conclusão desse processo pode levar meses.

No fim da tarde desta segunda-feira, Obama conversou com Dilma por telefone para tratar do assunto. Nem o Itamaraty nem a Presidência revelaram detalhes do diálogo – que começou às 18h30 e durou cerca de 20 minutos.

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Há duas semanas, a presidente já havia mandado cancelar a viagem da equipe preparatória, que cuida de toda a logística da visita e define os detalhes da agenda. Na semana passada, durante reunião de cúpula do G20, na Rússia, Dilma declarou que sua visita dependeria de “condições políticas” a serem criadas por Obama.

Leia abaixo o comunicado emitido pelo Palácio do Planalto nesta terça-feira:

O governo brasileiro tem presente a importância e a diversidade do relacionamento bilateral, fundado no respeito e na confiança mútua. Temos trabalhado conjuntamente para promover o crescimento econômico e fomentar a geração de emprego e renda. Nossas relações compreendem a cooperação em áreas tão diversas como ciência e tecnologia, educação, energia, comércio e finanças, envolvendo governos, empresas e cidadãos dos dois países.

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As práticas ilegais de interceptação das comunicações e dados de cidadãos, empresas e membros do governo brasileiro constituem fato grave, atentatório à soberania nacional e aos direitos individuais, e incompatível com a convivência democrática entre países amigos.

Tendo em conta a proximidade da programada visita de Estado a Washington – e na ausência de tempestiva apuração do ocorrido, com as correspondentes explicações e o compromisso de cessar as atividades de interceptação – não estão dadas as condições para a realização da visita na data anteriormente acordada.

Dessa forma, os dois presidentes decidiram adiar a visita de Estado, pois os resultados desta visita não devem ficar condicionados a um tema cuja solução satisfatória para o Brasil ainda não foi alcançada.

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O governo brasileiro confia em que, uma vez resolvida a questão de maneira adequada, a visita de Estado ocorra no mais breve prazo possível, impulsionando a construção de nossa parceria estratégica a patamares ainda mais altos.

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