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Dilma diz que não governa só para o PT e faltará à festa do partido

"Eu governo para 204 milhões de brasileiros", diz a presidente sobre decisão de se ausentar de evento do PT

Por Da Redação
27 fev 2016, 17h15

A presidente Dilma Rousseff disse neste sábado que governa para toda a população, e não apenas para o PT, partido ao qual é filiada e se elegeu duas vezes para comandar o país. “Eu não governo só para o PT. Eu governo para 204 milhões de brasileiros. Tenho que governar olhando todos os interesses”, disse Dilma neste sábado em Santiago, onde se encontrou com a presidente do Chile, Michele Bachelet. A declaração foi dada por Dilma ao comentar que não irá participar da festa pelos 36 anos do Partido dos Trabalhadores, hoje à noite, no Rio de Janeiro.

A ausência de Dilma reflete um momento de estremecimento de suas relações com o PT. As divergências se encontram principalmente na área econômica: convencida da gravidade da crise e da necessidade de medidas que restaurem a confiança de investidores e empresários, a presidente aceitou tomar medidas recomendadas por especialistas, como abrir discussão sobre a reforma da Previdência e a limitação de gastos do governo federal. O PT, por sua vez, age como se não tivesse nada a ver com o governo e não estivesse desde 2003 no poder e acaba de lançar um programa com propostas econômicas inviáveis para supostamente tentar tirar o país da recessão.

A presidente Dilma, no entanto, disse que a sociedade precisa encarar com naturalidade eventuais críticas do PT ao governo e que não há obrigação de endosso do partido a todas as suas decisões. “Um partido é um partido. Um governo é um governo”, afirmou. Segundo ela, o PT foi avisado sobre a sua ausência na festa.

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Carta – Em carta destinada aos militantes, para ser lida na festa de 36 anos do partido, no Rio de Janeiro, a presidente parabeniza a legenda e destaca ter orgulho de empunhar a bandeira vermelha com a estrela branca. O texto foi lido pelo presidente do PT, Rui Falcão.

Dilma disse que o partido enfrenta “tempos difíceis”. “Há um ataque sistemático aos pilares de nosso projeto de desenvolvimento para o Brasil. Ataque ao nosso maior militante, o presidente de honra Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente Lula é um patrimônio político do nosso país que vem sendo atacado de forma injusta.”

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A presidenta afirmou que será solidária a Lula e estará ao seu lado “em todas as batalhas”. Segundo ela, o PT está sendo criminalizado, com base em uma “moralidade seletiva”, por pessoas que estão fazendo “uma luta política com base em factoides, mentiras, insinuações e fofocas”. “Querem, por todos os meios, interditar as ações e iniciativas do meu governo. Não me farão recuar.”

A leitura da carta foi interrompida por gritos dos militantes de “Não vai ter golpe”.

(Com Estadão Conteúdo)

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