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Diante de condenações, PT ataca Judiciário. E faz ameaça

Em evento que lançou candidatura de Lapas em Osasco, presidente da legenda diz que condenações no STF são parte de 'golpe'. E avisa: 'O PT vai reagir'

Por Da Redação
Atualizado em 10 dez 2018, 11h10 - Publicado em 4 set 2012, 08h36

Diante das claras evidências de que os sucessivos achaques ao Supremo Tribunal Federal e os ataques à imprensa livre não foram suficientes para que tivesse êxito a ofensiva lulopetista lançada para desmontar a “farsa do mensalão” – maior escândalo de corrupção da história política do Brasil -, o partido agora endurece a retórica e parte para as ameaças. Durante o evento que lançou a candidatura de Jorge Lapas à prefeitura de Osasco – o candidato lançado originalmente pelo partido, João Paulo Cunha, desistiu da disputa após ser considerado corrupto pelo STF e acumular três condenações no julgamento do mensalão -, o presidente do PT, Rui Falcão, lançou sua artilharia verbal contra o Poder Judiciário. E avisou: “Não mexam com o PT, porque quando o PT é provocado, ele cresce, reage.”

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Falcão classificou a condenação de Cunha, que recebeu 50.000 reais de propina do valerioduto quando presidia a Câmara dos Deputados, como um “golpe” contra o PT. Como é de praxe no partido, Falcão culpou a “elite” e a “mídia”. Segundo ele, tudo não passou de uma armação dos opositores que exercem controle sobre o Judiciário e sobre a imprensa. Vale lembrar que foram justamente os petistas, liderados por Lula, que tentaram controlar os rumos do julgamento no Supremo. A estratégia incluiu, até mesmo, uma clara chantagem ao ministro Gilmar Mendes, que denunciou a ação de Lula. A mais alta corte do país, contudo, resistiu às pressões, numa clara demonstração de que instituições republicanas não se curvam às vontades imperiais de políticos recordistas de popularidade: cinco mensaleiros já foram condenados.

O presidente do partido relatou sentimentos de angústia e a preocupação no PT na semana passada, quando João Paulo renunciou à candidatura após ser condenado por corrupção passiva, peculato duas vezes e lavagem de dinheiro no Supremo. “Essa elite suja, reacionária não tolera que um operário tenha mudado o país, que uma mulher dê continuidade a esse projeto, mostrando que o preconceito que atingia as mulheres não sobrevive mais”, bradou Falcão.

Além dele, líderes do partido como os deputados estaduais Edinho Silva – também presidente do PT paulista – e Ênio Tatto, e o prefeito de Osasco, Emídio de Souza (PT), também mencionaram a condenação em discurso. Nenhum citou o nome de João Paulo, que não foi ao ato.

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Padrinho político de Lapas, o prefeito de Osasco, Emídio de Souza (PT), anunciou nesta segunda-feira que pedirá o afastamento do cargo até o fim das eleições para se dedicar em tempo integral à campanha de Jorge Lapas (PT). Emídio afirmou que enviará nesta terça-feira um comunicado de licenciamento da prefeitura à Câmara Municipal. Ele já vinha participando de atos, inaugurações de comitês e carreatas desde o início da campanha, em julho. Antes, recebia o então pré-candidato, deputado João Paulo Cunha (PT), em agendas oficiais da prefeitura. Depois de o deputado João Paulo ter sido condenado no julgamento do mensalão e renunciado à disputa, o prefeito se tornou o principal articulador político do PT. E sustentou que Lapas, seu ex-secretário de Obras e Transportes, e de Governo fosse o substituto, mesmo sem nunca ter disputado uma eleição.

No vídeo a seguir, Augusto Nunes, Marco Antônio Villa e Reinaldo Azevedo debatem a sessão desta segunda do julgamento do mensalão no STF:

https://www.youtube.com/watch?v=VaiyY_YyR20 (Com Agência Estado)

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