Derrotado, Pedro Paulo diz ser incompatível a Crivella e Freixo
Candidato do PMDB acompanhou a apuração dos votos ao lado do prefeito Eduardo Paes e do ex-governador Sérgio Cabral
“A gente precisa respeitar a decisão das urnas”. Com a frase, o candidato do PMDB, Pedro Paulo Carvalho, derrotado no primeiro turno, se despediu das eleições para prefeitura do Rio de Janeiro. Em clima de luto, o peemedebista fez um breve pronunciamento e se recusou a respoder perguntas da imprensa. O candidato acompanhou a apuração dos votos na residência oficial do prefeito, na Gávea Pequena, zona sul do Rio. Estavam presentes sua vice, Cidinha Campos, o prefeito Eduardo Paes, o ex-governador Sérgio Cabral e o governador em exercício, Francisco Dornelles.
“Gostaria de agradecer ao Rio de Janeiro que viveu um exercício da democracia, e agradecer os quase 500 000 votos que tive. A eleição é soberana e o Rio de Janeiro tomou sua decisão, continuarei sendo um soldado dessa cidade”, disse Pedro Paulo, que agradeceu o apoio do prefeito Eduardo Paes.
O candidato não declarou nenhum apoio para o segundo turno. “Devo me posicionar ouvindo os partidos que integram a minha aliança, mas vejo com extrema incompatibilidade as duas candidaturas que foram pro segundo turno. Ficou claro que elas são diferentes do que nós fizemos nessa administração. Mas isso é decisão a ser conversada com meu partido”, afirmou.
Às 17h, a pesquisa de boca de urna já indicava que o segundo turno seria disputado entre Marcelo Crivella e Marcelo Freixo . Durante a apuração, o socialista se manteve em segundo luto, acompanhado de perto por Pedro Paulo, que não conseguiu crescer a ponto de ultrapassar o adversário socialista. A derrota de Pedro Paulo reforça o desgaste do PMDB no Rio, impulsionado pela crise do governo do Estado. Também pesou sobre a candidatura do peemedebista as acusações de agressão à ex-mulher, Alexandra Marcondes. O caso foi arquivado pelo Supremo Tribunal Federal, mas foi tema constante na campanha do Rio.