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Deputados pró-impeachment reduzem discursos para evitar atraso

Jovair Arantes (PTB-GO) e Carmem Zanotto (PPS-SC) passaram a madrugada tentando abreviar sessão de debates para impedir que votação se prolongue até segunda-feira

Por Da Redação
16 abr 2016, 07h23

Deputados pró-impeachment tentam acelerar as discussões na Câmara para evitar que a votação do processo de afastamento de Dilma Rousseff – marcada para domingo – se prolongue até segunda-feira. Jovair Arantes (PTB-GO) e Carmem Zanotto (PPS-SC) passaram a madrugada deste sábado tentando abreviar a sessão de debates que precede a votação sobre a admissibilidade do pedido de impeachment. A sessão começou às 8h55 de sexta-feira e segue ininterruptamente.

A realização da votação no domingo interessa aos deputados pró-impeachment porque o horário permite uma maior audiência e, consequentemente, significa mais pressão sobre os ombros dos parlamentares.

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Arantes e Zanotto abordaram lideranças dos partidos com posicionamento pró-impeachment para propor que eles abdicassem de parte do tempo a que têm direito. Ao menos oito legendas (PRB, PTB, SD, PTN, PSC, PPS, PHS e PROS) abriram mão de 20 minutos da uma hora a que tinham direito para discursos. “Só com isso conseguiremos reduzir 2 horas e 40 minutos”, disse Arantes.

Também foi costurado um acordo para diminuir o número de líderes que vão se manifestar a cada sessão. “Propusemos que aqueles que tinham direito a dez minutos, que reduzissem para seis. Quem tem seis minutos, que falasse por três. Assim, reduziríamos mais duas horas”, afirmou o parlamentar. Relator do parecer pela admissibilidade do processo de impeachment, Arantes disse que irá abreviar sua fala.

A proposta de acelerar os pronunciamentos, no entanto, esbarra na avidez dos parlamentares por discursar na sessão histórica.

Nem no PSDB os parlamentares quiseram abrir mão do tempo integral das falas, o que gerou discussões acaloradas. Eram tantos deputados querendo falar que os tucanos tiveram de fazer um sorteio. “Vamos tentar convencer os deputados, mas é difícil porque todo mundo quer falar”, disse o deputado Antônio Imbassahy (BA), líder do PSDB.

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Ao longo da noite, os deputados se revezaram em discursos contundentes, apesar da baixa audiência. Às 4h29, os deputados do PCdoB chegaram juntos ao plenário da Câmara e ficaram sabendo da movimentação da oposição. “Quando os adversários fazem qualquer movimento, nós fazemos o movimento contrário”, disse o deputado Orlando Silva (PCdoB), um dos vice-líderes do governo.

Para a base governista, o cenário ideal é que os discursos se prolonguem ao máximo, pois prejudicaria a transmissão ao vivo na TV, esfriaria o ânimo dos manifestantes e ampliaria a possibilidade de ausências, que interessam ao governo.

(Com Estadão Conteúdo)

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