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Deputado do PT diz que Correios ajudaram Dilma em MG

Em vídeo, Durval Ângelo afirma que presidente-candidata só atingiu 40% de intenção de voto no Estado porque "tem dedo forte dos petistas" na estatal

Por Da Redação
1 out 2014, 09h53

Numa reunião com dirigentes dos Correios em Minas Gerais, incluindo o presidente da empresa pública, Wagner Pinheiro, o deputado estadual mineiro Durval Ângelo (PT) afirmou que a presidente-candidata Dilma Rousseff só chegou a 40% das intenções de votos no Estado, porque “tem dedo forte dos petistas dos Correios”. Ângelo é integrante do Diretório Nacional do PT, e Pinheiro, filiado ao diretório petista do Rio de Janeiro.

Em declaração gravada em vídeo, o parlamentar petista diz: “Se hoje nós temos a capilaridade da campanha do [Fernando] Pimentel [candidato do PT ao governo de Minas] e da Dilma em toda Minas Gerais, isso é graças a essa equipe dos Correios”. Na gravação, o deputado afirma, ainda, que “a prestação de contas dos petistas dos Correios será com a vitória do Fernando Pimentel a governador e com a vitória da Dilma”.

Todo discurso foi acompanhado pelo presidente dos Correios. Wagner Pinheiro estava sentado à mesa ao lado do deputado estadual petista e não o interrompeu em nenhum momento em que ele se pronunciou. Durval Ângelo chegou a fazer um apelo a Pinheiro para que a coordenação da campanha de Dilma reconheça a “grande contribuição dos Correios”. “(…) A Dilma tinha em Minas Gerais, em alguns momentos, menos de 30%. Se hoje nós estamos com 40% em Minas Gerais, tem dedo forte dos petistas dos Correios. Então, queremos que você leve à direção nacional do PT, que eu também faço parte do Diretório, mas também à direção nacional da campanha da Dilma a grande contribuição que os Correios estão fazendo.”

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O deputado prossegue: “Muitos companheiros tiraram férias, licença, que têm como direito, ao invés de estarem com suas famílias passeando, estão acreditando no projeto”. O deputado ainda diz, na gravação, ter uma “parceria antiga com gigantes que representam os Correios”. E cita nominalmente o diretor regional em Minas Gerais, Pedro Amengol, o assessor do gabinete da diretoria, Lino Francisco da Silva, e o gerente regional de vendas, Fábio Heládio, os três ligados ao Partido dos Trabalhadores.

“(…)No dia da reunião que nós tivemos no hotel [da qual participou Pimentel], o Helvécio Magalhães [coordenador da campanha do petista] falou: ‘Vou me reunir com a equipe ainda esta semana e vamos liberar a infraestrutura. E se hoje nós temos a capilaridade da campanha do Pimentel e da Dilma em toda Minas Gerais, isso é graças a essa equipe dos Correios’.”

O deputado contou que várias reuniões foram realizadas em Minas Gerais por funcionários dos Correios com o objetivo de trabalhar pelas campanhas. “Os Correios trabalharam com as 66 mesorregiões. Fizemos reuniões em todas e nas macrorregiões, reuniões com quarenta cidades, com trinta cidades do sul, em Viçosa tinha setenta cidades. Onde eu tive perna, eu ia acompanhando.”

Santinhos – Durante a campanha eleitoral, os Correios também abriram uma exceção para entregar, sem chancela, 4,8 milhões de folhetos da campanha de Dilma Rousseff no interior de São Paulo. A chancela ou estampa digital serve como comprovação de que o material entregue pelos carteiros foi realmente postado nos Correios. Dez partidos de oposição ao governo também foram beneficiados com a exceção para enviar 927,7 mil unidades sem chancela.

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Por meio da assessoria de imprensa, Wagner Pinheiro afirmou que “os Correios não estão contribuindo com a campanha de qualquer candidato”. Ele confirmou ter participado da reunião em Minas Gerais na quinta-feira. “A reunião não ocorreu durante o expediente e a empresa não custeou despesas relacionadas a ela”, afirmou. Em nota, Os Correios afirmaram que a “participação de pessoas ligadas aos Correios em atividades político-partidárias jamais podem ser entendidas como atuação da empresa”. O deputado estadual Durval Ângelo (PT) disse que “assinava em baixo” a nota oficial dos Correios, sem dar outras explicações.

A assessoria de campanha da presidente Dilma Rousseff afirmou: “A campanha não mobiliza funcionários da empresa. A única relação da campanha com os Correios ocorre mediante prestação de serviços pagos”. A campanha de Fernando Pimentel disse que ele tem recebido apoio de vários segmentos de servidores em Minas, incluindo os Correios. “É algo corriqueiro na campanha.” Na última semana, Pimentel esteve com funcionários da estatal num encontro organizado pelo diretor dos Correios em Minas, Pedro Amengol. “Demonstramos o apoio do coletivo de trabalhadores e trabalhadoras dos Correios, que está organizado há mais de dez anos no estado”, disse Amengol, conforme o site da campanha. O diretor não se pronunciou sobre a reunião gravada em vídeo.

(Com Estadão Conteúdo)

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