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Deputada Tia Eron sugere voto decisivo por cassação de Cunha

Deputada do PRB-BA pode empatar placar no colegiado e deixar decisão com o presidente do Conselho de Ética, adversário de Cunha

Por Da Redação
3 jun 2016, 08h27

Considerada dona do voto decisivo que pode livrar o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da aprovação do pedido de cassação no Conselho de Ética da Câmara, a deputada Tia Eron (PRB-BA) elogiou nesta quinta-feira o parecer do relator do caso, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), e disse que votará pela “preservação da moral” na Casa. “Eu sei o que tenho de fazer”, afirmou.

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Pressionada pela base eleitoral na Bahia e disputada por grupos pró e contra Cunha, a deputada viu “consistência” no relatório. “Ele foi cirúrgico, decente, não tirou proveito político para ter visibilidade. Ele foi técnico.”

No parecer que pede a cassação de Cunha, apresentado na quarta-feira ao Conselho de Ética, Rogério diz que há provas fartas de que o peemedebista mentiu à CPI da Petrobras no ano passado, ao negar que tivesse contas no exterior. O relator aponta a prática de condutas graves e ilícitas, como o recebimento de propina do esquema de corrupção na estatal, com base nas investigações da Operação Lava Jato.

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O colegiado passou por uma série de mudanças em sua composição, e segue dividido. Cunha conta com o apoio de dez dos 21 deputados titulares do colegiado. O grupo que defende a cassação do mandato soma nove votos e, para empatar o placar, precisa da adesão de Tia Eron. Se a deputada confirmar o voto pela cassação, o desempate virá do presidente do conselho, José Carlos Araújo (PR-BA), adversário de Cunha.

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Nas últimas semanas, Tia Eron tem evitado acompanhar todas as sessões do colegiado, para evitar o assédio. Ela marca presença, assiste aos primeiros minutos das reuniões e sai. Anteontem, ouviu a leitura das primeiras páginas do relatório, mas preferiu uma conversa individual com o relator para definir sua posição.

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Nesse diálogo, Tia Eron quis entender os motivos que levaram o relator a pedir a cassação e se emocionar no fim da leitura do parecer. Rogério contou à deputada que havia sido aliado de Cunha – inclusive na campanha do peemedebista pela presidência da Câmara – e que admirava sua atuação política na Casa, mas que, ao se deparar com provas contundentes, não poderia ignorar os fatos. A própria Tia Eron votou em Cunha para o comando da Casa e, ao chegar ao Conselho de Ética, disse que a Câmara “produziu como nunca” sob a gestão de Cunha.

Pressão – Tia Eron admitiu que vem sendo sondada por colegas sobre seu voto, mas disse impor limites às pressões e não escondeu certo incômodo com quem tenta enquadrá-la. “A pressão comigo não vai funcionar. Sei lidar com mecanismos de pressão.”

Mas ela reconhece que a influência maior vem dos eleitores, principalmente nas redes sociais. “Me perguntam: O que é isso? Você votando lá com o Cunha?”

Aliado de primeira hora de Cunha, o vice-líder da bancada do PMDB, Carlos Marun (MS), diz que o esforço na próxima semana será em derrotar o relatório. O passo seguinte, afirma ele, é aprovar outro parecer com punição mais branda, possivelmente pedindo a suspensão do deputado.

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(Com Estadão Conteúdo)

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