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Depoimentos de governadores ficam para depois do feriado

Líder tucano tentou adiantar oitiva de Perillo para o dia 5, mas presidente da comissão negou pedido. O tucano falará dia 12 e Agnelo Queiroz, dia 13

Por Da Redação
31 Maio 2012, 15h10

O presidente da CPI do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), informou nesta quinta-feira que marcou a audiência para ouvir os governadores de Goiás, o tucano Marconi Perillo, e do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz, para os dias 12 e 13 de junho. Os encontros foram marcados por Vital com a anuência do relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), e da liderança do PSDB na Câmara.

A comissão aprovou os pedidos de convocação dos dois governadores na quarta-feira, ocasião em que o colegiado recusou o depoimento do governador do Rio de Janeiro, o peemedebista Sérgio Cabral.

O líder do PSDB do Senado, Alvaro Dias (PR), pretendia que o depoimento de Perillo fosse tomado já no próximo dia 5, mas Vital negou o pedido, alegando que já estava acordada a data com a liderança dos tucanos da Câmara, por intermédio do deputado Carlos Sampaio (SP).

Bate-boca – A sessão desta quinta foi marcada por tumulto e ofensas públicas que provocaram o ecenrramento dos trabalhos. A confusão teve início quando o presidente da CPI decidiu permitir que os integrantes da comissão usassem a palavra antes que Demóstenes fosse dispensado – uma prática diferente da que ocorreu com outros depoentes. Era uma oportunidade de os parlamentares tripudiarem sobre o senador envolvido com Carlinhos Cachoeira.

O primeiro a falar foi o deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF): depois de criticar a postura de Demóstenes, simulou indignação e se retirou do plenário. O segundo foi Sílvio Costa, que foi além: exaltado, disse que Demóstenes não só é culpado como está condenado – literalmente – ao inferno: “O seu silêncio é a mais perfeita tradução da sua culpa. Esse seu silêncio escreve em letras garrafais: ‘eu, Demóstenes Torres, sou, sim, membro da quadrilha de Carlinhos Cachoeira. Eu, senador Demóstenes Torres, sou, sim, o braço legislativo da quadrilha do senhor Cachoeira”, disse Sílvio Costa. ” Se o céu existir, e tenho certeza que o céu existe, o senhor não vai pro céu, porque o céu não é lugar de mentiroso, de gente hipócrita”.

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O protesto de Costa contra o silêncio de Demóstenes foi interrompido pelo senador Pedro Taques (PDT-MT), procurador da República licenciado. Taques interveio contra as ofensas dirigidas ao político goiano e disse que, mesmo sob suspeita de integrar uma quadrilha, Demóstenes não poderia ser desrespeitado.

“Todos aqui, enquanto parlamentares, devem obedecer à Constituição da República”, ponderou. “A Constituição afirma que o cidadão, seja lá quem for, não pode ser tratado com indignidade. Não me interessa quem seja. Pessoas morreram no mundo em razão do direito constitucional ao silêncio. Pode ser o crime mais grave, mas o princípio constitucional ao silêncio e o direito fundamental da pessoa humana de ser respeitado precisam ser respeitados”.

Sílvio Costa disse que Taques havia interrompido sua fala. Depois, voltou a atacar Demóstenes, classificando-o como “ex-futuro senador”, e ironizou: “O Conar (Conselho de Autorregulação Publicitária) deveria processá-lo por propaganda enganosa”. Ao se levantar para deixar o plenário, Costa se dirigiu a Taques: “Seu demagogo, seu m…, seu m…”, xingou, fora dos microfones. O tumulto levou o senador Vital do Rêgo a encerrar abruptamente a sessão. Antes, reprovou a atitude dos parlamentares: “Vocês passaram dos limites”.

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