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‘Delação é opção’, diz advogado de Cunha

Marlus Arns disse, porém, que a medida ainda não foi discutida com o peemedebista, preso na semana passada

Por Da redação
25 out 2016, 09h19

O advogado do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Marlus Arns, avaliou nesta segunda-feira que a delação premiada pode ser uma opção para o peemedebista. Cunha foi preso na semana passada por ordem do juiz federal Sergio Moro, que conduz os processos resultantes da Lava Jato em Curitiba. Entre as razões apresentadas para a prisão do ex-deputado estão a existência de contas secretas na Suíça; informações de que ele teria recebido 1,5 milhão de dólares de propina; além da tentativa de atrapalhar as investigações.

Arns, que é especializado em acordos deste tipo, disse que a colaboração é um instrumento grave, não um salvo conduto, e que deve sempre ser analisada em qualquer processo. Apesar da declaração, ele evitou falar sobre o uso desse instrumento no caso específico do deputado cassado, sob alegação de que não tinha ainda discutido o assunto com seu cliente. “[A delação] é sempre um instrumento que deve ser avaliado, mas ainda não foi discutido, mas é, evidentemente, uma opção, que tem de ser avaliada de forma cuidadosa”, afirmou ontem à Rádio Estadão.

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Na entrevista, Arns disse que sua contratação por Cunha foi realizada antes da prisão, e, portanto, não avalia que seu trabalho seria um recado para os peemedebistas, que estariam temerosos com uma provável delação do deputado cassado. “Não acredito que foi um recado, mas vamos analisar esse assunto também com Eduardo Cunha.”

Segundo o advogado, neste momento a defesa do deputado cassado está concentrada no relaxamento da prisão. Ainda ontem, os advogados de Cunha protocolaram um pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª região, à qual a vara de Curitiba está vinculada.

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No pedido, seis advogados de Cunha alegam que “não há nenhum risco efetivo ou iminente” de que o peemedebista atrapalhe a Operação Lava Jato. Arns também questionou a prisão de Cunha, argumentando que o processo já estava tramitando há muito tempo no Supremo Tribunal Federal (STF) e, portanto, com a perda do foro privilegiado, as autoridades poderiam ter pedido medidas alternativas, como a apreensão do passaporte. “Pelo nosso entendimento, não seria necessária a prisão.”

Sobre o caso da mulher de Cunha, Cláudia Cruz, para o qual o advogado afirmou que foi especificamente contratado, ele disse que ela deve ser chamada para depor em breve para comprovar sua versão dos fatos e que até o final do ano o juiz deverá proferir sua sentença.

(Com Estadão Conteúdo)

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