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Defesa de Messer pede que STJ reveja decisão e solte o doleiro

Ministro Rogério Schietti negou em maio revogar prisão preventiva do 'doleiro dos doleiros' na Operação Câmbio, Desligo, da Lava Jato no Rio

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 ago 2019, 18h15 - Publicado em 1 ago 2019, 17h41

A defesa do doleiro Dario Messer pediu nesta quinta-feira, 1, ao ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Rogério Schietti que reconsidere uma decisão na qual ele negou revogar a prisão preventiva de Messer ou substituí-la por medidas cautelares. Suspeito de movimentar 1,6 bilhão de dólares no mercado ilegal de câmbio, o doleiro foi preso em São Paulo nesta quarta-feira, 31, após cerca de um ano e três meses foragido. Não há prazo para que Schietti analise o pedido dos advogados.

A prisão preventiva do doleiro foi determinada pelo juiz federal Marcelo Bretas no âmbito da Operação Câmbio, Desligo, desdobramento da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro que mirou o mercado paralelo de câmbio e prendeu doleiros. Messer estava foragido desde que a ação foi deflagrada, em maio de 2018. 

No pedido de liberdade ao STJ, já negado por Schietti em junho, a defesa de Dario Messer afirma que outros alvos da Câmbio, Desligo tiveram as prisões substituídas por outras medidas, como recolhimento domiciliar noturno, entrega de passaportes e impedimento de entrar em contato com outros investigados. Ainda conforme os defensores, Bretas presumiu que o doleiro tinha um passado de crimes com base em um processo no qual ele foi absolvido.

Em sua decisão, o ministro do STJ ponderou que Messer estava foragido e não sofria “nenhum cerceamento à sua liberdade”. Para Schietti, a prisão preventiva de Messer não é “manifestamente ilegal” porque Bretas citou na decisão “vários elementos de convicção, não circunscritos somente às palavras dos colaboradores e, para justificar a necessidade de acautelar a ordem pública, demonstrou a periculosidade do suspeito, evidenciada por seu papel de destaque na sofisticada rede ilegal de movimentação de dinheiro. O Magistrado indicou a alta densidade lesiva de graves crimes, supostamente reiterados por anos, por meio de intrincada organização criminosa, com profissionalismo e sofisticação”.

A prisão de Messer ocorreu por volta das 16h40, em um condomínio de luxo na região do Parque do Ibirapuera. Nos últimos dias, a inteligência da PF passou a rastrear um endereço em São Paulo que poderia ser utilizado como bunker do esquema do doleiro, como informou a coluna Radar. Com o monitoramento concluído, Bretas expediu mandados de busca e apreensão para o imóvel, que é alugado pela namorada do doleiro, a advogada carioca Myra de Oliveira Athayde, de 27 anos.

A família de Messer fechou acordo de delação premiada. Os procuradores do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro afirmam que a multa de 270 milhões de reais aplicada a Dan Wolf Messer, filho do “doleiro dos doleiros”, é a maior da Operação Lava Jato a pessoas físicas. A soma das multas chega a aproximadamente 370 milhões de reais.

O Radar revelou que, antes de os familiares de Messer negociarem a delação, ele ameaçava usar seus segredos para “colocar a boca no trombone” e detonar os políticos que fizeram dele um “boi de piranha”.

Nesta quarta-feira, o procurador regional da República José Augusto Vagos afirmou que operações passadas não conseguiram capturar Messer “diante do seu poder econômico e sua influência no submundo do crime”. Ele ressaltou a prisão do “mais importante doleiro do Brasil” que, a partir de agora, “terá que prestar contas à Justiça brasileira”.

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