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Defesa de empreiteira questiona escutas da Lava Jato

Construtora OAS argumenta que parlamentares foram monitorados durante a investigação para tentar contestar provas recolhidas pela PF

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 jan 2015, 12h19

Em mais uma tentativa de paralisar as investigações da Operação Lava Jato da Polícia Federal, advogados da empreiteira OAS recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF) questionando o uso de interceptações telefônicas que levaram os investigadores a desvendar o megaesquema de corrupção e lavagem de dinheiro na Petrobras. No pedido, encaminhado pela defesa de executivos da OAS, os advogados insinuam que a Polícia Federal tinha conhecimento desde 2013 do envolvimento de parlamentares na trama criminosa, mas teria tornado público o fato apenas em maio de 2014, quando o deputado Luiz Argôlo (SD-BA) trocou 1.411 mensagens com o doleiro Alberto Youssef, pivô do esquema.

A defesa afirma não ser “crível” que a operadora Vivo, por exemplo, só tenha identificado Argôlo como o interlocutor de Youssef oito meses depois do início das conversas. Por ser deputado, Luiz Argôlo não pode ser investigado na primeira instância, onde tramitam as ações da Lava Jato, mas sim no Supremo Tribunal Federal.

Essa não é a primeira vez que os advogados de empreiteiras tentam utilizar a citação a congressistas para questionar a legalidade das investigações. No início de dezembro, o juiz Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, negou ao Supremo Tribunal Federal que esteja centralizando as investigações e rechaçou as acusações de que escondeu o nome de políticos suspeitos para garantir que o caso não migrasse para o STF. Em ofício enviado ao ministro Teori Zavascki, relator dos processos sobre a Lava Jato no STF, Moro afirmou que as suspeitas contra o deputado cassado André Vargas (ex-PT), contra o ainda deputado Luiz Argôlo (SD-BA) e o senador Fernando Collor (PTB-AL) foram descobertas de forma “fortuita” ao longo da investigação. Ele disse ainda que as informações sobre os três foram encaminhadas imediatamente ao Supremo.

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Na mesma época, Sergio Moro negou que tivesse conhecimento desde 2013 do envolvimento de políticos entre os beneficiários do esquema do petrolão e relatou que as suspeitas contra a estatal surgiram na investigação “quase acidentalmente”, sendo detalhadas apenas após a prisão, em março, de Paulo Roberto Costa. Em troca de benefícios judiciais, Costa celebrou um acordo de delação premiada.

Os empreiteiros da OAS pedem acesso aos dados brutos repassados pelas operadoras de telefonia à Polícia Federal e querem que seja detalhado quem teve acesso às informações confidenciais.

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