Decisão do TSE não é cumprida e Lula continua pedindo votos via internet
Tribunal determinou que redes sociais retirassem vídeo, mas imagens continuam disponíveis, inclusive na página do PT
Durante ato de pré-campanha em Teresina (PI), no último dia 3, Lula pediu votos aos eleitores para ele, para o ex-governador Wellington Dias, que concorre a uma vaga no Senado, e para o candidato petista ao Palácio Krenak, Rafael Fonteles. Por lei, isso antes do dia 16 de agosto, data oficial do início da campanha eleitoral.
O pedido de votos Lula foi explícito. “Eu queria pedir para vocês, cada mulher ou cada homem do Piauí que tem disposição de votar em mim, que tem disposição de votar no Wellington, eu queria pedir para vocês que no dia 2 de outubro vote em mim, vote no Wellington, mas primeiro vote no Rafael, porque ele vai cuidar do povo do Piauí”, disse o ex-presidente no evento.
Dois dias depois da infração, a ministra Maria Claudia Bucchianeri, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou que o vídeo de Lula pedindo votos fosse removido. Ela deu 24 horas para redes sociais como Facebook, Instagram e YouTube cumprissem a determinação judicial.
A decisão da ministra do TSE atendeu a pedido do PDT. Para o partido do candidato à presidente Ciro Gomes, a atitude de Lula configurou propaganda eleitoral antecipada, que pode resultar em multa superior a 5 mil reais.
Apesar da determinação do tribunal, o vídeo não foi removido. Aliás, ele pode ser visto na página do PT na internet.