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De olho no 2º turno, Aécio ataca PT e poupa Marina

Candidato do PSDB está empatado tecnicamente com rival do PSB

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 out 2014, 20h33

Depois da troca de farpas no último debate antes do primeiro turno, o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, decidiu poupar nesta sexta-feira a rival do PSB, Marina Silva, uma possível aliada do tucano caso ele chegue ao segundo turno. A nova postura de Aécio se ajusta à defesa que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem feito de que PSDB e PSB unam forças para derrotar a presidente-candidata Dilma Rousseff.

Cumprindo agenda intensa de atos políticos em Belo Horizonte, Aécio evitou falar de possíveis alianças para um eventual segundo turno – ele está tecnicamente empatado com Marina Silva na segunda colocação da corrida presidencial, conforme pesquisa Datafolha – e não comentou se os ataques ao longo do primeiro turno podem inviabilizar uma parceria futura. “Eu tenho que ter enorme respeito por todas as candidaturas e tenho esse respeito em especial pela candidata Marina Silva, que disputa de forma extremamente competitiva a possibilidade democrática de estar no segundo turno”, disse. “Só falarei de segundo turno no momento em que o resultado for anunciado.”

Ao visitar quatro favelas na cidade de Belo Horizonte, incluindo a violenta Pedreira Prado Lopes, ponto de venda de crack na capital mineira, Aécio voltou a atacar a presidente Dilma Rousseff, criticou o excesso de obras inacabadas coordenadas pelo governo federal e defendeu que exemplos de má gestão e corrupção, como os escândalos na Petrobras e, mais recentemente, a denúncia de uso político dos Correios, não sejam reproduzidos em Minas, onde o petista Fernando Pimentel é favorito para derrotar, já no primeiro turno, o tucano Pimenta da Veiga.

“Não vamos permitir que em Minas Gerais esse modus operandi alcance as nossas empresas porque vai estar alcançando os interesses da nossa gente. Não queremos que a Cemig vire uma nova Petrobras e que a Copasa vire os novos Correios, com escândalos sucessivos”, disse. Aécio tem citado exaustivamente a gestão da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) como exemplos de empresa pública. As duas, porém, são citadas pelo Ministério Público Federal, na denúncia sobre o escândalo do valerioduto mineiro, por repasses suspeitos durante o governo do tucano Eduardo Azeredo (PSDB).

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“O governo do PT tem como marca obras com sobrepreço e sempre com atrasos, o que gera descrença e desânimo na população. A eleição de Pimenta da Veiga é tão importante em Minas quanto a minha própria eleição. Não podemos permitir em Minas Gerais esse tipo de gestão que o governo do PT estabeleceu na Petrobras, onde uma quadrilha tomou conta da nossa maior empresa, e essa gestão temerária que se instalou nos nossos principais fundos de pensão”, disse antes de visitar a favela Pedreira Prado Lopes. “Não podemos permitir que [empresas mineiras] sejam tomadas por um grupo político, que demonstrou em outras gestões no plano nacional, como na Petrobras e agora nos Correios, o absoluto descompromisso com os cidadãos”, afirmou.

Correios – Depois de definir como estratégia prioritária explorar as acusações de uso político dos Correios por candidatos do PT, Aécio Neves disse que a empresa pública também teria boicotado correspondência da Força Sindical para aposentados. A entidade foi presidida pelo deputado Paulo Pereira da Silva, presidente do partido Solidariedade e aliado de Aécio. O candidato não deu detalhes do caso, mas cobrou que a presidente Dilma explique por que não consta de sua declaração ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) as despesas de contratação dos Correios para a distribuição de material de campanha. “Acabo de ter a informação do presidente licenciado da Força Sindical, presidente do Solidariedade, de que as cartas enviadas pela Força, em especial aos aposentados em Minas Gerais, não chegaram a seus destinatários. Isso é algo extremamente grave”, afirmou. De acordo com o candidato, os Correios receberam o pagamento no dia 29 de agosto, mas na prestação parcial de contas apresentada ao TSE no dia 2 de setembro não consta a despesa.

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