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Datena filia-se ao MDB, mas não assume candidatura a prefeito de São Paulo

Cerimônia de filiação em Brasília reúne representantes de outros partidos, como PSDB, bolsonaristas e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ)

Por Mariana Zylberkan
Atualizado em 4 mar 2020, 15h26 - Publicado em 4 mar 2020, 14h13

O apresentador José Luiz Datena formalizou a sua filiação ao MDB na manhã desta quarta-feira, 4, em Brasília, em cerimônia concorrida, que reuniu representantes de vários partidos do centro, como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ex-senador Antônio Imbassahy (PSDB-BA). Estavam presentes também bolsonaristas como o senador Major Olímpio (PSL-SP), e amigos de longa data, como o também senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO).

O deputado federal Baleia Rossi (SP), presidente nacional do MDB, disse que a adesão de Datena representa uma “recuperação do partido na maior cidade do Brasil” (São Paulo), e se referiu ao presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, também filiado ao MDB e presente na cerimônia, como “um grande incentivador de sua filiação”.

Próximo do presidente Jair Bolsonaro, Skaf engendrou a filiação de Datena ao partido como um projeto para fortalecer o bolsonarismo em São Paulo, viabilizar a sua própria candidatura ao governo paulista nas eleições de 2022 e firmar oposição ao governador João Doria (PSDB). Mas a liderança do MDB sinaliza planos opostos para o novo filiado. Alinhada aos partidos de centro no âmbito nacional, a sigla tem trabalhado de forma independente do governo Bolsonaro e enaltecido a sua vocação de dialogar com todos os espectros políticos. Baleia Rossi, por exemplo, tem usado a hashtag “ponto de equilíbrio” em suas postagens nas redes sociais em uma tentativa de posicionar o partido à margem da polarização política entre direita e esquerda, que se consolida no país desde a chegada de Bolsonaro à Presidência. Além disso, na esfera estadual, o MDB é alinhado a Doria, que tem um de seus secretários o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, integrante do partido.

Skaf se precipitou na cerimônia de filiação ao se referir a Datena como pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, sendo que ainda não há definição oficial do partido em relação à participação do apresentador no pleito. Está em discussão as possibilidades de Datena se candidatar como prefeito, a vice-prefeito na chapa encabeçada por Bruno Covas (PSDB), que quer disputar a reeleição, ou a senador em 2022.

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Datena, por sua vez, nega ser o candidato do bolsonarismo em São Paulo – embora tenha sido cortejado pelo presidente – e também não confirma a pré-candidatura à prefeitura. “Estou mais perto do que nunca [de me tornar candidato]”, se limita a declarar o apresentador. “Em momento nenhum o presidente da República declarou apoio a mim. Os meus contatos com o Bolsonaro sempre foram profissionais e pontuais, nas ocasiões em que o entrevistei após ele ter batido a cabeça e levado a facada. Que c.. de canal do Bolsonaro eu sou em São Paulo?”, disse o apresentador a VEJA. “Skaf me procurou para eu ser candidato a prefeito pelo MDB, depois o Baleia me procurou, mas eu já tinha falado com o (Michel) Temer também. Não havia na ocasião um acordo para eu ser candidato do MDB com apoio específico do presidente da República”, disse.

A intenção de se tornar vice de Covas é recente, segundo Datena, e nasceu nos corredores do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, quando os dois estiveram internados; o tucano, para tratar de um câncer no sistema digestivo, e Datena para uma cirurgia cardíaca. “Seria muito mal eu concorrer à Prefeitura de São Paulo contra você (Covas) porque eu gostei demais de estar com você nessas poucas vezes que nos encontramos”, disse o apresentador ao prefeito de São Paulo em um jantar recente.

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