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Datafolha: caso Erenice pesou mais que polêmica do aborto

Por Da Redação
11 out 2010, 13h17

Assim que o resultado do primeiro turno foi anunciado, a imprensa e os políticos mobilizaram-se em torno de especulações sobre o motivo da extensão da disputa presidencial. Na opinião de boa parte de analistas, o voto de religiosos que combatem o aborto foi decisivo para que Dilma Rousseff (PT) não saísse vitoriosa já no dia 3 de outubro. Com essa hipótese, tanto ela como o tucano José Serra incluíram o tema na segunda fase da campanha. Não é, porém, o que afirma a primeira pesquisa de opinião do instituto Datafolha no segundo turno.

A sondagem, divulgada no fim de semana pelo instituto, aponta outros itens que foram mais determinantes na decisão dos eleitores: o tráfico de influência na Casa Civil, que resultou na queda da ex-ministra Erenice Guerra, noticiado por VEJA em 11 de setembro, e os casos de quebra de sigilo de pessoas ligadas ao PSDB. De acordo com reportagem publicada nesta segunda-feira pelo jornal Folha de S. Paulo, o levantamento indica que 6% dos entrevistados mudaram o voto – em Dilma ou Serra – após tomar conhecimento dos escândalos.

Se todos esses eleitores tivessem votado na petista, ela seria vencedora já no primeiro turno. Mas a candidata do PT perdeu quatro pontos porcentuais na reta final. Entre os entrevistados que disseram ter desistido do voto em Dilma antes do primeiro turno, três em cada quatro decidiram-se por outro candidato por causa das suspeitas envolvendo o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um quarto desse grupo mudou de ideia com base em questões religiosas.

Há outro dado que põe em dúvida a tese de que temas ligados à religião foram os grandes responsáveis pela queda de Dilma. De acordo com a pesquisa, há mais eleitores que foram informados sobre os escândalos do que os que receberam orientações da igreja que frequentam para não votar em um candidato, como tem sido noticiado. O tráfico de influência da Casa Civil foi de conhecimento de 48% dos eleitores e o da quebra de sigilo, de 56%. A parcela de eleitores que disseram ter sido orientados por lideres religiosos foi de apenas 3%.

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