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Damares se encontra com Bolsonaro após vitória para o Senado

Ex-ministra da Mulher tinha apoio explícito da primeira-dama Michelle Bolsonaro e amealhou mais de 714.000 votos

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 out 2022, 10h27 - Publicado em 2 out 2022, 22h35

Jair Bolsonaro provocou uma ciumeira entre ex-integrantes do governo ao escolher sete ministros-candidatos para elogiar na sabatina de que participou no Jornal Nacional no final de agosto. A partir do que apontou como “critérios técnicos”, exaltou, entre outros, o ex-chefe da Infraestrututura Tarcísio de Freitas, o ex-astronauta Marcos Pontes, o ex-comandante da Casa Civil Onyx Lorenzoni e o estridente ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles. No Sete de Setembro, nova referência a seus preferidos, entre os quais a ex-chefe da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves. Eleita com folga neste domingo com 44,98% dos votos para uma vaga ao Senado pelo Distrito Federal, Damares foi ao Palácio da Alvorada no início da noite para comemorar o desempenho com o presidente.

Entre os bolsonaristas de carteirinha, Damares Alves desbancou a também ex-ministra da Secretaria de Governo Flávia Arruda (PL) na eleição para o Senado no Distrito Federal. Em uma campanha marcada por troca de acusações, bate bocas sobre o passado pouco edificante do marido de Flávia, o ex-governador do DF José Roberto Arruda na cadeia, e processos na Justiça Eleitoral, Damares confirmou a arrancada final e derrotou Flávia com mais de 300.000 votos de vantagem.

Também entre os ferrenhos apoiadores do presidente, em uma disputa acirrada que até às vésperas deste domingo era apresentada como empate técnico, o astronauta e ex-ministro de Ciência e Tecnologia Marcos Pontes (Republicanos) derrotou com quase três milhões de votos de vantagem o ex-governador Márcio França (PSB) na disputa pela vaga de senador por São Paulo. No Rio Grande do Norte, o ex-chefe da pasta do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho (PL), que nas pesquisas de intenção de votos disputava ponto a ponto com o pedetista Carlos Eduardo Alves uma cadeira no Senado, abriu cerca de 140.000 votos de vantagem e venceu com 41,90% dos votos.

Ter o presidente Jair Bolsonaro como cabo eleitoral garantiu ao ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL) a quarta maior votação a deputado pelo estado de São Paulo, com mais de 600.000 votos. Destino similar teve o comandante do Ministério da Saúde no auge da pandemia Eduardo Pazuello (PL), que estreou nas urnas como candidato a deputado federal pelo Rio de Janeiro. Com uma campanha essencialmente voltada às redes sociais e frequentes reclamações sobre um suposto subfinanciamento de seu partido, embora na reta final 400.000 reais do fundo eleitoral tenham pingado na conta do candidato, Pazuello teve mais de 200.000 votos e foi o segundo mais votado do estado.

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Desafetos – No pelotão dos ex-auxiliares de primeiro escalão que se transformaram em verdadeiros desafetos do presidente, o ex-todo-poderoso ministro da Justiça e da Segurança Pública Sergio Moro desbancou o paranaense Alvaro Dias, que disputava seu quarto mandato no Senado. Embora nos dias que antecederam a abertura das urnas o ex-juiz da Lava-Jato aparecesse tecnicamente empatado com Dias, o resultado surpreendeu: Moro teve quase 2 milhões de votos contra 1,4 milhão do ex-aliado.

Defenestrado do governo por bater de frente com o presidente na condução de políticas sanitárias no início da pandemia, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (União Brasil) foi derrotado com facilidade pela também ex-ministra Teresa Cristina (PL). Ambos digladiavam por uma vaga ao Senado por Mato Grosso do Sul, e a ex-ministra da Agricultura levou a melhor. Teresa teve mais de 800.000 dos votos contra cerca de 200.000 de Mandetta.

Completa a lista de ex-ministros de Bolsonaro que se aventuraram a disputar uma vaga no Congresso o folclórico Abraham Weintraub, que chefiou o Ministério da Educação e deixou o governo após defender, na notória reunião ministerial de abril de 2020, a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Alçado à condição de adversário do bolsonarismo, Weintraub desistiu de concorrer ao Palácio dos Bandeirantes e tentou uma vaga de deputado federal. Com pouco mais de 4.000 votos, não foi eleito.

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