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Dallagnol idealizou monumento em homenagem à Lava Jato em Curitiba

Procurador queria promover concurso para escolher escultura e tentou convencer Moro da ideia, mas ex-juiz viu "soberba" na iniciativa

Por Da Redação
21 ago 2019, 10h52

O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato em Curitiba, chegou a idealizar um monumento em homenagem à operação na capital paranaense, mostram novas mensagens obtidas pelo site The Intercept Brasil e divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo, nesta quarta-feira, 21.

O plano, jamais concretizado, era visto como uma estratégia de marketing e seu objetivo era promover um concurso para uma escultura que também simbolizasse as mudanças defendidas pelos procuradores da força-tarefa, como a reforma política e o projeto de Dez Medidas Contra a Corrupção, elaborado pelo Ministério Público Federal.

“A minha primeira ideia é esta: Algo como dois pilares derrubados e um de pé, que deveriam sustentar uma base do país que está inclinada, derrubada. O pilar de pé simbolizando as instituições da justiça. Os dois derrubados simbolizando sistema político e sistema de justiça…”, escreveu, no aplicativo Telegram.

Dallagnol chegou a procurar o então juiz federal Sergio Moro. “Isso virará marco na cidade, ponto turístico, pano de fundo de reportagens e ajudará todos a lembrar que é preciso ir além… Posso contar com seu apoio?”, questionou. O ex-juiz, entretanto, não deu eco à empolgação do procurador.

“Melhor deixar para depois. Em tempos de crise, o gasto seria questionado e poderia a iniciativa toda soar como soberba”, escreveu Moro. Para ele, iniciativas que pudessem parecer homenagem deveriam vir de terceiros. Deltan chegou a insistir e argumentou que não seria usado dinheiro público.

O MPF disse que “diversas iniciativas” são cogitadas pelos integrantes de uma força-tarefa ou de fora dela, mas que muitas não se concretizam “pelas mais variadas razões”. Em nota ao jornal, o órgão acrescentou que os procuradores defendem de forma reiterada reformas para reduzir a corrupção e a impunidade.

A assessoria do órgão também reafirmou que os procuradores não reconhecem as mensagens que são atribuídas aos integrantes da Lava Jato e que o material é fruto de um crime cibernético, “sujeito a distorções, manipulações e descontextualizações.”

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