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Cunha pede que PMDB avalie se deve participar de disputa por Câmara

Em grupo de WhatsApp, parlamentar ressalta que é necessário o partido avaliar se de fato deve participar da disputa pela presidência da Casa

Por Da Redação
9 jul 2016, 12h33

Após oficializar a renúncia à presidência da Câmara, o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) recorreu ao grupo de WhatsApp da bancada do PMDB para tratar de sua sucessão. Nas trocas de mensagens, segundo peemedebistas que fazem parte do grupo no aplicativo, Cunha ressalta que é necessário o partido avaliar se de fato deve participar da disputa pela presidência da Casa.

Até ontem, cinco deputados já haviam apresentado oficialmente seus nomes, sendo dois do PMDB, um do PP, um do Solidariedade e um do PTN. Dos cinco, dois são adversários de Cunha: Fausto Pinato (PP-SP), que foi destituído da relatoria do processo contra o peemedebista no Conselho de Ética, e Marcelo Castro (PMDB-PI), ex-ministro da Saúde do governo Dilma Rousseff. O total de candidatos pode chegar a pelo menos 15.

“Ele diz que é para verificar se o PMDB deve entrar, se tem de fato chance”, afirmou um deputado que integra o grupo. Segundo integrantes da bancada, Cunha está “mais para o lado do Centrão do que do próprio PMDB”. De acordo com outro deputado da bancada, nas mensagens Cunha diz que a eleição deve ser o mais breve possível. Lembra que o presidente interino, Waldir Maranhão (PP-MA), enfrenta um processo de cassação dentro do PP, e que isso poderia abrir um nova disputa na Mesa para o cargo de primeiro-vice-presidente da Casa.

Apesar de sempre ter feito parte do grupo de mensagens, Cunha tinha uma participação esporádica. Segundo relatos, ele postava apenas notas, que distribuía à imprensa, para conhecimento prévio dos colegas.

Cunha passou o dia ontem na residência oficial da Câmara. Até o fim da tarde, o movimento no local foi apenas de servidores. “Ele ficou em casa, mas me ligou à tarde para dizer que não ia querer participar das discussões sobre a disputa pela presidência da Câmara. E que queria voltar às atividades para resgatar a sua vida”, afirmou o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), aliado do peemedebista.

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PT – Na tentativa de quebrar a hegemonia do grupo de Cunha, a ala majoritária do PT negocia o apoio ao candidato do DEM, Rodrigo Maia (RJ), para a sucessão à presidência da Câmara. Acompanhada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se reuniu nos últimos dias com o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), a articulação política já divide o PT.

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A ideia é que a nova oposição – PT, PCdoB e PDT – se una a antigos adversários, como DEM, PSDB e PPS, para enfrentar o Centrão, e foi fundamental para aprovar o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. A negociação também envolve o PSB.

PSDB – Enquanto isso, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), sinalizou que o partido pode deixar de lançar candidato à sucessão de Cunha em troca do apoio do governo Michel Temer para comandar a Casa nos próximos dois anos. O líder do partido na Câmara dos Deputados, Antônio Imbassahy (BA), está entre os cotados para o mandato-tampão até o ano que vem.

Aécio afirma que o foco está na “governabilidade”, mas fala em “reciprocidade” com o PMDB a partir de 2017 ao defender que o PSDB tenha “protagonismo”.”Interessa ao governo Michel ter um acordo programático e mais sólido e passa por uma reciprocidade. Vejo disposição do governo em relação a isso”, disse Aécio

(Com Estadão Conteúdo)

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