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Cunha faz defesa na CCJ e diz a deputados: ‘Sou vocês amanhã’

Peemedebista compareceu pessoalmente para falar em sessão do colegiado, que terminou sem votar recursos

Por Da redação
Atualizado em 22 out 2020, 17h54 - Publicado em 12 jul 2016, 17h29

Pouco menos de semana após renunciar à presidência da Câmara, o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) voltou à Casa nesta terça-feira para fazer pessoalmente sua defesa durante a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) dedicada a analisar os recursos apresentados pela defesa do peemedebista contra o pedido de cassação aprovado pelo Conselho de Ética. Cunha classificou o processo contra ele como ‘político’ e mandou um recado aos colegas: “Hoje sou eu. Vocês, amanhã”. Ele disse ainda que há 117 deputados e 30 senadores alvo de inquérito e afirmou que os parlamentares contra os quais pesam investigações “não sobreviverão” caso a palavra da acusação seja considerada sentença. Mais uma vez, a sessão foi encerrada sem que os recursos fossem analisados. O presidente do colegiado, deputado Osmar Serraglio (PMDB-SC) agendou uma nova reunião para as 9h30 desta quarta-feira.

Embora réu no Supremo Tribunal Federal por corrupção e lavagem de dinheiro, Cunha atribui o processo de cassação contra ele a fatores políticos. “Foi um processo político que começou com a minha eleição em primeiro turno, em que derrotei o candidato da presidente afastada e em que derrotei o candidato da oposição”, afirmou.

Ao afirmar que os procedimentos adotados pelo Conselho de Ética feriam o regimento interno da Casa, Cunha alertou para o que classificou como “precedente perigoso”. Em referência a uma peça publicitária de uma marca de vodca veiculada no Brasil nos anos 80, o peemedebista afirmou: “Hoje, sou eu. É o efeito Orloff: vocês, amanhã”. A investida de Cunha na CCJ visa anular a aprovação de seu pedido de cassação e devolver o processo ao Conselho de Ética. O colegiado é formado por 66 deputados e, para que seu pleito seja atendido, ele precisa do aval de 34 congressistas.

A CCJ se reúne para votar o parecer do deputado Ronaldo Fonseca (Pros-DF), aliado de Cunha que defendeu que o processo retorne ao Conselho de Ética. Na ação, Cunha apontou para uma série de irregularidades na tramitação de seu processo no conselho. O esforço principal do peemedebista era para reverter a votação que pavimentou a aprovação de sua cassação – e foi justamente esse o ponto acatado por Fonseca. “Todos sabem, até os meus mais ferrenhos adversários nesta Casa, da minha familiaridade com o Regimento desta Casa. Nenhum desses pontos seria por mim negado monocraticamente em sede de recurso, se me fosse pedido por outro deputado”, afirmou Cunha sobre as questões negadas pelo relator.

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Antes de Cunha, seu advogado Marcelo Nobre afirmou que vai ao Supremo Tribunal Federal (STF) caso Marcos Rogério (DEM-RO), relator do processo contra Cunha no Conselho de Ética da Casa, vote no recurso de seu cliente na CCJ da Câmara.

 

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