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Cunha e Chinaglia trocam farpas sobre nova CPI

Petista comparou o adversário ao ex-senador Demóstenes Torres; Cunha diz que falta imparcialidade ao concorrente, que tentou barrar a CPI dos Correios

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 jan 2015, 19h10

Em campanha pela Presidência da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ) elevaram nesta terça-feira as críticas mútuas e entraram em confronto sobre a necessidade ou não de uma nova CPI da Petrobras para dar continuidade às investigações do escândalo do petrolão. A defesa de uma nova comissão de inquérito tem sido utilizada por Cunha como estratégia para tentar se descolar do esquema de distribuição de propinas envolvendo a estatal depois de seu nome ter sido citado como um dos beneficiários, segundo o jornal Folha de S. Paulo, em depoimento prestado pelo agente da Polícia Federal Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como o Careca.

Em uma das críticas mais duras contra Eduardo Cunha, o petista comparou o adversário ao senador cassado Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), conhecido por defender a ética no parlamento, mas depois flagrado em articulações e tráfico de influência em benefício do bicheiro Carlinhos Cachoeira. “Por que alguém defende tanto CPI? Teve senador muito eloquente pedindo CPI, depois foi flagrado na Operação Cachoeira”, ironizou Chinaglia ao fazer campanha nesta terça no Piauí.

A ofensiva de Eduardo Cunha foi feita pelo Twitter. Ele colocou em xeque a independência do petista em relação ao Palácio do Planalto. Embora não tenha sido a primeira vez que Cunha tenha afirmado que o concorrente segue à risca as orientações do governo no Congresso, desta vez ele também recorreu ao histórico de CPIs como argumento. “Chinaglia era líder do PT e depois do governo quando da CPI do mensalão e tudo fez para evitá-la. Defendo a CPMI para esclarecer os fatos, e não para abafar como ele já fez no mensalão e recentemente no petrolão”, atacou.

“Nós não devemos, logo não tememos. Não sei se ele poderá dizer o mesmo”, completou, rebatendo a comparação com Demóstenes Torres. “Falta-lhe condições para atacar quem quer que seja e fazer comparações absurdas”, disse.

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Desde o início de dezembro, quando oficializou a candidatura à Presidência da Câmara, Cunha imprimiu um forte ritmo de viagens pelo país, a bordo de um jatinho bancado pelo PMDB, para conquistar votos. Além de promover jantares com velhos conhecidos de Congresso, o peemedebista tem tentado estreitar laços com parlamentares de primeiro mandato, que tomarão posse apenas poucas horas antes da votação que elegerá a nova Mesa Diretora da Casa, em 1º de fevereiro. Chinaglia, por sua vez, foi apresentado candidato como forma de tentar anular a influência de Cunha no Congresso e de evitar que o Executivo tenha de lidar com um deputado historicamente rebelde ao Planalto. Como candidatura alternativa, também disputa o posto o deputado socialista Julio Delgado (PSB-MG), cujo partido apoiou a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB) à Presidência no segundo turno.

(Com Estadão Conteúdo)

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