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Cunha apresenta passaporte com viagens à África

Presidente da Câmara dos Deputados argumenta que carimbos de entrada e saída nos países africanos atestam sua versão para dinheiro no exterior

Por Felipe Frazão 10 nov 2015, 15h30

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apresentou nesta terça-feira a líderes de partidos dois passaportes antigos, com carimbos de entrada e saída em países da África, como Zaire e Congo, onde afirmou que desembarcava. Ao todo, os passaportes têm cerca de sessenta registros, um deles com 37 carimbos em apenas dois anos.

De acordo com os registros, as viagens ocorreram na década de 1980 e atestam a tese de sua defesa para justificar os recursos mantidos em contas no exterior – e não declarados à Receita. Os advogados de Cunha argumentam que ele vendia carne enlatada para esses países e, como o negócio cresceu, precisou abrir uma conta fora do Brasil.

Cunha mostrou os passaportes aos deputados durante um almoço na residência oficial da Presidência da Câmara, em Brasília. Mesmo assim, ele não convenceu a todos. O deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), líder da oposição na Câmara, afirmou que as justificativas “não são satisfatórias”.

“O afastamento do Eduardo Cunha é o melhor para a instituição Câmara dos Deputados. As explicações deixam a desejar, não parecem suficientes até o momento”, disse Araújo.

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Além das viagens de Cunha a países africanos, a oposição avalia que ainda permanece uma lacuna na justificativa para o depósito de 1,3 milhão de francos suíços feito pelo operador do PMDB João Augusto Henriques, cuja origem Cunha diz desconhecer.

O peemedebista esquivou-se de comentar as viagens à África e não quis mostrar a documentação que levou ao almoço. Ele afirmou que tomou a iniciativa de mostrar aos líderes de partidos para comprovar a verão que deu em entrevistas no fim de semana. “Isso foi apenas para mostrar a eles [líderes] que não existe história, existe fato. Apenas dei uma simples prova de que o conteúdo do que estamos divulgando é verossímil.”, disse o presidente da Câmara.

Segundo o deputado Paulinho da Força (SD-SP), Cunha também apresentará uma ata de representação comercial que fazia no Zaire. “Para mim é prova suficiente de que ele fazia esses negócios que falou, fora do Brasil, inclusive com alimentação. Provas que podem garantir o mandato dele”, disse Paulinho, agora integrante do Conselho de Ética e defensor declarado de Cunha. “Nós defendemos ele porque queremos derrubar a Dilma.”

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