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CPI pouco avança e corre risco de se tornar irrelevante

Depoimento de governadores, muito aguardado, pouco acrescentou às investigações. Dados financeiros da Delta podem definir rumo da comissão

Por Gabriel Castro
13 jun 2012, 22h16

Aquela que prometia ser uma semana explosiva na CPI do Cachoeira se revelou uma cansativa sequência de redundâncias. As perguntas feitas aos governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), foram as óbvias, sem fatos novos. Os governadores repetiram as afirmações que haviam dado nas últimas semanas. Cada grupo saiu convencido da inocência do seu aliado. E as investigações pouco avançaram.

Em um mês e meio de funcionamento, a comissão teve um tímido progresso. Até agora, nenhum investigado disse tudo o que sabe – a maioria, inclusive o próprio Carlinhos Cachoeira e o senador Demóstenes Torres, manteve total silêncio.

O PT não conseguiu, como queria, usar a CPI para atingir a imprensa e o Ministério Público às vésperas do julgamento do mensalão. O partido já abrandou o tom e agora fica satisfeito se a comissão se encerrar sem prejuízos para o governo federal e a gestão de Agnelo Queiroz no Distrito Federal. A oposição, manietada pelas denúncias contra Marconi Perillo, também não pode adotar um discurso mais incisivo.

Os integrantes da CPI correm contra o relógio. A partir de agosto, o clima pré-eleitoral tende a esvaziar o Congresso. Em novembro, encerra-se o prazo de funcionamento da comissão. O período pode ainda ser renovado por mais seis meses, mas dificilmente os trabalhos progrediriam com o natural arrefecimento do interesse público pelo escândalo Cachoeira.

A Comissão Parlamentar de Inquérito deve receber nos próximos dias os dados resultantes da quebra dos sigilos fiscal e bancário da construtora Delta. Pode estar aí a tábua de salvação de uma CPI que corre o risco de se tornar irrelevante.”Eu sempre achei que nós deveríamos ouvir os governadores só depois de ter os dados da Delta”, diz o deputado Sílvio Costa, para quem as informações sigilosas podem trazer detalhes importantes sobre a infiltração da construtora ligada a Cachoeira no poder público.

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