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CPI: vendedor diz que pode ter sido induzido a erro em áudio de Miranda

Luiz Paulo Dominguetti, que teve sua oitiva antecipada pelos senadores, confirmou na comissão o pedido de propina de servidor

Por Da Redação
Atualizado em 1 jul 2021, 17h25 - Publicado em 1 jul 2021, 09h29

A CPI da Pandemia ouviu nesta quinta-feira, 1º, o representante da Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti Pereira. Ele afirmou ter recebido um pedido de propina de um servidor do Ministério da Saúde em troca de assinar contrato de venda de vacinas Oxford/AstraZeneca com o governo Bolsonaro.

A propina de 1 dólar por unidade teria sido pedida pelo ex-diretor de Logística do ministério, Roberto Ferreira Dias, exonerado após a revelação. A compra de 400 milhões de doses do imunizante pelo ministério geraria um montante ilícito de 2 bilhões de reais.

+ Marcelo Queiroga, cúmplice

O depoimento

O depoente confirmou na comissão que a proposta de propina foi feita no dia 25 de fevereiro, em um restaurante de Brasília, pelo ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias. “Ele sempre pôs o entrave que se não majorasse a vacina, não teria acordo por parte do ministério.” O pedido, segundo ele, era de 1 dólar por dose da vacina. Dias foi exonerado da pasta na quarta-feira.

Dominguetti afirmou que foi apresentado ao servidor pelo “coronel Blanco”, identificado pelos integrantes da CPI como o tenente-coronel Marcelo Blanco, ex-assessor de Dias no ministério, que também estaria na reunião.

Durante o seu depoimento, Dominguetti disse que soube que o deputado Luis Miranda – que denunciou as suspeitas no caso Covaxin – tentava intermediar negociações de vacinas para o Ministério da Saúde. O depoente reproduziu um áudio de seu WhatsApp em que o parlamentar afirma a um interlocutor que tem “um comprador com potencial de pagamento instantâneo”. Na gravação não é mencionado qual seria o produto. A menção ao caso Covaxin provocou bate-boca entre senadores governistas e da oposição.

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Momentos depois, o próprio Luis Miranda disse à cúpula da CPI que o áudio era de 2020, não tratava de vacinas e havia sido editado para prejudicá-lo. Pressionado, Dominguetti recuou e afirmou que não havia como ter certeza se o deputado estava falando sobre negociação de vacinas na gravação.

Caso Covaxin

A audiência para ouvir Dominguetti havia sido marcada inicialmente para sexta-feira, 2. Porém, na noite da quarta-feira 30, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), anunciou que o depoimento havia sido antecipado. Assim, o empresário Francisco Emerson Maximiano, sócio-administrador da Precisa Medicamentos, que estava previsto para falar à CPI hoje, teve a convocação adiada, sem nova data.

A Precisa é responsável por um contrato com o Ministério da Saúde para aquisição da vacina indiana Covaxin, que também está sendo investigado pela CPI depois das denúncias feitas no depoimento dos irmãos Luis Miranda e Luis Ricardo Miranda.

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