CPI mista ouve nesta quarta-feira presidente da Petrobras
Trata-se da quarta vez que Graça vai ao Legislativo desde a eclosão das denúncias que envolvem a empresa
A CPI mista da Petrobras no Congresso ouve nesta quarta-feira a presidente da estatal, Graça Foster. Ao contrário do que ocorre na comissão instalada no Senado, boicotada pela oposição, o governo não conta com maioria sólida na CPI mista – ainda assim, a comissão é relatada por um petista, Marco Maia (RS), e presidida pelo senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).
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Trata-se da quarta vez que Graça vai ao Legislativo desde a eclosão das denúncias que envolvem a empresa. Os depoimentos anteriores tiveram como objetivo justamente a tentativa de esvaziar a sessão desta quarta, por meio do discurso de que as questões principais já foram respondidas pela presidente da empresa petrolífera.
O plano de trabalho da comissão divide os trabalhos em quatro eixos: aquisição da refinaria de Pasadena; denúncias de plataformas lançadas ao mar sem os equipamentos de segurança necessários; indícios de pagamento de propina a funcionários da Petrobras pela empresa holandesa SBM Offshore; e superfaturamento na construção da refinaria de Abreu e Lima.
Nesta terça-feira, a CPI do Senado ouviu o exdiretor da estatal Paulo Roberto Costa, um dos principais personagens da Operação da Lava-Jato da Polícia Federal. A comissão, contudo, aliviou – e muito – o depoimento. Sem comprometer ninguém, o ex-diretor da Petrobras ainda teve espaço para dizer, com a voz embargada e olhar marejado, que a “história irá dizer por que foi feita essa maldade” com ele. E ironizou a fama de temido por parlamentares: “Não existe homem-bomba nenhum”.