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CPI do Cachoeira investigará agentes públicos e privados

Coleta de assinaturas para investigação teve início nesta quinta-feira. Requerimento foi definido com o consentimento dos líderes partidários

Por Gabriel Castro
12 abr 2012, 13h00

Senado e Câmara começaram a recolher nesta quinta-feira as assinaturas de parlamentares para a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investigará a atuação do contraventor Carlinhos Cachoeira, chefe da máfia dos caça-níqueis em Goiás. A expectativa é de que o pedido seja formalizado no início da próxima semana. Todos os partidos anunciaram apoio à investigação. São necessárias 27 assinaturas no Senado e 171 na Câmara, o equivalente a um terço dos parlamentares.

O texto do requerimento, estabelecido em consenso pelos líderes partidários das duas casas, define a atuação da CPI: serão investigadas as práticas criminosas de Carlinhos Cachoeira e seu grupo desvendadas nas operações Vegas e Monte Carlo da Polícia Federal. O documento fala em investigar “agentes públicos e privados” que tenham relação com as atividades criminosas do bando, que corrompia autoridades e mantinha contato com parlamentares.

O objeto da CPI foi dividido em cinco itens principais: a prática de tráfico de influência, o uso de empresas para lavagem de dinheiro pela quadrilha, a corrupção e o monitoramento ilegal de autoridades, a existência de fraudes em licitações e, por fim, a prorrogação de contratos administrativos firmados de forma irregular com o poder público por empresas ligadas ao grupo.

“O enfrentamento dessa questão é ponto de honra para o Congresso Nacional”, afirma o requerimento. “Está em causa o resguardo da própria lisura do devido processo legislativo”. A CPI será composta por 15 deputados e 15 senadores, que trabalharão com um prazo de até seis meses. O custo máximo destinado às atividades da comissão é de 200 000 reais.

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Reação – Líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE) diz que os oposicionistas esperam uma investigação ampla, que chegue até o caso Valdomiro Diniz – o chefe de gabinete de José Dirceu que foi demitido em 2004 depois de ser flagrado negociando propina com Carlinhos Cachoeira. “Quem começou o discurso de CPI achando que ia emparedar a oposição avaliou de forma errada”, diz Bruno

A oposição também quer um dos cargos de comando da comissão. Pela lógica, petistas e peemedebistas dividiriam a presidência e a relatoria da CPI. O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), afirma que, embora a divisão entre PT e PMDB seja o caminho mais provável, pode haver mudanças: “Isso seria natural. Mas vai haver um procvesso de negociação e isso pode ser mudado”.

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