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CPI do Cachoeira: Cavendish se cala

Ex-diretor da Delta fez uso de habeas corpus; audiência durou apenas 15 minutos

Por Tai Nalon
29 ago 2012, 18h43

O ex-diretor da construtora Delta, Fernando Cavendish, foi dispensado de sua audiência na CPI do Cachoeira nesta quarta-feira. Ele permaneceu em silêncio durante 15 minutos de audiência no Congresso, após manobra da presidência da CPI, que inverteu a ordem dos depoimentos – Cavendish foi ouvido depois do ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza.

Munido de habeas corpus obtido no Supremo Tribunal Federal (STF), disse querer fazer uso de seu direito constitucional de ficar calado. Chegou, no entanto, a ser inquirido pelo senador Alvaro Dias (PSDB), que afirmou se tratar de “uma questão de hombridade” que ele esclarecesse qual senador compraria por 6 milhões de reais.

Cavendish foi diretor da Delta, empresa que, segundo a Polícia Federal, fez doações eleitorais repassadas por Carlinhos Cachoeira. Pagava políticos em troca de contratos em grande obras do governo federal e de vários governos estaduais. Numa conversa gravada com ex-sócios, Cavendish os incentivou a cortar caminho para o sucesso comprando políticos. Afirmara na ocasião que um senador custava 6 milhões de reais.

“Esse assunto num momento oportuno eu responderei”, retrucou Cavendish, antes de sair da sala.

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O presidente da CPI, Vital do Rego (PMDB-PB), propôs que a audiência seguisse a portas fechadas. Com a negativa, Cavendish foi dispensado. Os parlamentares deram sequência à sessão, com o depoimento de Gilmar Carvalho de Moraes, ex-marido da empresária Roseli Pantoja, que, havia comunicado à CPI que sofria ameaças desde sua fala no Congresso.

Laranja – O contador Gilmar Carvalho, da mesma forma que a ex-mulher, relatou que teve seu CPF usado por um homem a quem devia dinheiro para abertura de empresas. Disse, contudo, que não tinha conhecimento de que essas firmas viriam a atuar como laranjas da Delta.

Carvalho afirmou que cedeu o documento para Valdeir Fernandes Cardoso para o pagamento da quantia devida. “Inclusive ele colocou meu endereço em Vicente Pires, sendo que eu nunca morei lá. Esse cidadão, eu quero recuperar ele. Peço à Justiça para me ajudar, porque eu quero recuperar minha família e mostrar que eu não tenho nada com isto aqui”, disse. Negou ainda qualquer relação com Carlinhos Cachoeira ou com qualquer integrante da quadrilha e que, embora conste da declaração de Imposto de Renda das empresas em questão, nunca trabalhou como contador para elas.

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