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CPI da Pandemia deve notificar CBF para prestar esclarecimentos sobre jogo

Entidade deve prestar esclarecimentos ao colegiado sobre um acordo feito com autoridades do governo federal para que partida acontecesse

Por Larissa Quintino Atualizado em 5 set 2021, 23h14 - Publicado em 5 set 2021, 20h36

A confusão que suspendeu a partida entre Brasil x Argentina, válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, vai virar alvo da CPI da Pandemia. O jogo foi interrompido neste domingo, 5, por agentes da Anvisa e da Polícia Federal, após a autoridade sanitária pedir a deportação de quatro jogadores argentinos, que teriam prestado informações falsas no relatório de viagem ao chegarem ao Brasil.

Segundo o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente do colegiado o alvo do requerimento deve ser a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que deve prestar esclarecimentos ao colegiado sobre um possível acordo feito entre autoridades do governo federal e confederações para que o jogo acontecesse com a escalação dos quatro jogadores que estiveram no Reino Unido e teriam que cumprir quarentena no Brasil.

De acordo com Randolfe, caso o requerimento de informações não seja respondido, a CPI pode convocar representantes da CBF para prestar depoimento no colegiado.

Após a suspensão da partida, a CBF criticou a ação da Anvisa, afirmando que a ação poderia ter ocorrido em outros momentos.  “A CBF defende a implementação dos mais rigorosos protocolos sanitários e os cumpre na sua integralidade. Porém ressalta que ficou absolutamente surpresa com o momento em que a ação da Agência Nacional da Vigilância Sanitária ocorreu, com a partida já tendo sido iniciada, visto que a Anvisa poderia ter exercido sua atividade de forma muito mais adequada nos vários momentos e dias anteriores ao jogo.”

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Claudio Tapia, presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA) disse que os atletas respeitaram um acordo com a Conmebol que permitiu que os atletas atuassem. “O que aconteceu hoje é lamentável para o futebol, passa uma imagem muito ruim”, disse, em nota da AFA. “Não se pode falar em mentira porque há uma legislação sanitária sob a qual se jogam todos os torneios sul-americanos. As autoridades de cada país aprovaram um protocolo que temos cumprido ao máximo.”

Entenda a confusão

A Anvisa solicitou à Polícia Federal o imediato retorno de Giovani Lo Celso, Emiliano Martínez, Emiliano Buendia e Christian Romero ao país de origem, além da imediata quarentena dos atletas. Os jogadores foram o estádio e três deles, Martínez, Romero e Lo Celso, estavam como titulares.

Por volta dos nove minutos de partida, com o 0 a 0 no placar, as autoridades da Polícia Federal e da Anvisa entraram no gramado da Anvisa para paralisar o jogo.

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O presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres afirmou que os quatro jogadores mentiram no relatório do viajante, exigido pela autoridade sanitária para a entrada no país durante a pandemia. De acordo com as regras vigentes, pessoas que passaram pelo Reino Unido, África do Sul e Índia devem cumprir quarentena de 14 dias. “Os quatro jogadores disseram não ter passado por Reino Unido, África do Sul e Índia, mas no passaporte ficou comprovado que passaram no Reino Unido. Só constataram entre ontem à noite e hoje. Chegamos a esse ponto porque tudo aquilo que a Anvisa orientou não foi cumprido”, afirmou em entrevista à TV Globo.

Os jogadores tinham que ser isolados para serem deportados, entretanto, o procedimento não foi cumprido. Segundo Barra Torres, os jogadores serão autuados, multados e, então, deportados. Na noite de domingo, a delegação argentina embarcou para Buenos Aires.

O jogo foi suspenso pela arbitragem e, segundo a Conmebol, aguarda deliberação da FIFA sobre o que irá ocorrer com a partida. Como o jogo é válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, a decisão cabe à FIFA, organizadora do torneio. Até o momento, a entidade não tomou uma decisão sobre o ocorrido “FIFA pode confirmar que, após decisão dos árbitros, a partida de qualificação para a Copa do Mundo da FIFA Qatar 2022 ™ entre Brasil e Argentina foi suspensa. Mais detalhes virão no devido tempo”, disse em nota. 

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