Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Advogado da Precisa Medicamentos fica em silêncio na CPI

Túlio Silveira era o representante legal da empresa na negociação da vacina indiana Covaxin com o Ministério da Saúde

Por Da Redação
Atualizado em 19 ago 2021, 06h34 - Publicado em 18 ago 2021, 09h01

A CPI da Pandemia ouviu nesta quarta-feira, 18, o advogado da Precisa Medicamentos, Túlio Silveira. Ele é o representante legal da empresa na negociação da vacina indiana contra a Covid-19 Covaxin com o Ministério da Saúde. A acareação entre o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, e o deputado federal Luis Miranda, que estava marcada para o mesmo dia, foi cancelada.

Bem como aconteceu em outras audiências, Túlio Silveira compareceu à CPI munido de um habeas corpus, concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luix Fux. O advogado havia pedido para não comparecer, alegando “sigilo profissional” para não ser “compelido a depor sobre a Precisa na CPI, sob pena de cometimento do crime de violação do sigilo funcional”.

O argumento não foi aceito por Fux, que acatou apenas parcialmente o pedido de Silveira que o permite não responder a perguntas que pudessem incriminá-lo. Segundo o ministro, na qualidade de testemunha de fatos em tese criminosos, o depoente tem o dever de comparecer e de dizer a verdade, não havendo, quanto a tais fatos, o direito ao silêncio, ao não comparecimento ou ao abandono da sessão.

O DEPOIMENTO

Túlio Silveira optou por ficar em silêncio na maior parte do depoimento, recusando-se por diversas vezes a responder as perguntas dos senadores. Nas poucas vezes em que falou, afirmou ter participado das tratativas entre a Precisa e a indiana Bharat Biotech, mas não das negociações com o Ministério da Saúde. O depoente admitiu também ter aberto o seu escritório de advocacia dias antes do contrato da Covaxin, segundo ele por “aumento da demanda”. Silveira disse que antes trabalhava como profissional autônomo.

No início do depoimento, o advogado se negou a prestar juramente para dizer a verdade. Ele também optou pelo silêncio para se recusar a responder sobre sua relação com a família Bolsonaro e com outros investigados pela CPI da Pandemia. O depoente evitou ainda dar quaisquer outros detalhes sobre sua participação no caso Covaxin e seu papel na Precisa.

Continua após a publicidade

ACAREAÇÃO CANCELADA

Senadores do comando da comissão entenderam que a acareação entre Onyx e Miranda não traria nenhum fato novo que ajuda nas investigações. “Não havia, segundo o entendimento dos membros da CPI, muita coisa a acrescentar”, afirmou o relator Renan Calheiros.

Vice-presidente da comissão, o senador Randolfe Rodrigues apontou que parlamentares consideraram que a acareação poderia ser mais um palco para mentiras como aconteceu, na visão deles, na audiência do líder do governo Ricardo Barros na semana passada.

(Com Agência Senado)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.