CPI chega à fase final sem avançar sobre a Delta
Nesta terça, parlamentares ouvem os procuradores das operações Vegas e Monte Carlo, da PF, que ajudaram a desbaratar esquema do bicheiro Cachoeira
A CPI do Cachoeira entra em sua fase final sem avançar sobre os tentáculos da construtora Delta nos estados. Está marcada para a próxima semana depoimento do ex-diretor da empresa Fernando Cavendish. Sua presença, porém, permanece indefinida, já que ainda não há decisão no STF sobre liminar que autorizará ou não sua ausência na comissão. O relator é o ministro Cezar Peluso.
Nesta terça, os parlamentares ouvem os procuradores responsáveis pelas operações Monte Carlo e Vegas, da Polícia Federal, Daniel Rezende Salgado e Lea Batista de Oliveira. Convocados em maio passado para falar aos congressistas, ambos acabaram tendo a audiência adiada, já que seus depoimentos antes das audiências na Justiça poderiam obrigá-los a se afastar do caso. A expectativa é que as falas ocorram a portas fechadas, já que ambos concentram informações que estão sob segredo de Justiça. A decisão só será tomada pelos integrantes da comissão no início da reunião, marcada para as 10h15.
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Os parlamentares tentam ouvir ainda nesta semana os depoimentos do presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas, Jayme Eduardo Rincón, e do ex-corregedor da Polícia Civil de Goiás Aredes Correia Pires, mas a tendência é que ambos sejam dispensados.
O primeiro, ex-tesoureiro da campanha do governador de Goiás, Marconi Perillo, e sócio em empresa com ligação com o esquema de Cachoeira, conseguiu habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) e poderá ficar em silêncio durante a audiência. Pires deve se utilizar do mesmo expediente: entrou com pedido semelhante no STF nesta segunda. Ele é suspeito de agir para evitar grampos em ligações do bicheiro e de comparsas.