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Corrente tucana que apoia Haddad pede ‘autocrítica’ da campanha petista

Movimento Esquerda Pra Valer, que reúne cinco mil militantes, reforça que o apoio é destinado ao candidato, e não ao PT

Por Da Redação Atualizado em 12 out 2018, 08h22 - Publicado em 12 out 2018, 08h21

A corrente do PSDB que declarou apoio ao candidato Fernando Haddad (PT) no segundo turno da campanha presidencial emitiu uma nota nesta quinta-feira (11), para oficializar o posicionamento e cobrar uma “profunda autocrítica” da campanha petista. No documento, o movimento Esquerda Pra Valer (EPV) reforça que o apoio é destinado ao candidato, e não ao PT, respeitando a posição de neutralidade decidida pela cúpula do PSDB.

“Avaliamos que um eventual retorno do PT ao governo federal só poderá garantir o respeito aos princípios democráticos se a candidatura de Fernando Haddad promover uma profunda autocrítica sobre a convivência republicana com as oposições e a forma de construção da governabilidade, com o respeito aos valores éticos que devem nortear a administração pública”, diz a nota, assinada pelo coordenador nacional da corrente, Fernando Guimarães, e pelo secretário-geral do EPV, Douglas Gomes.

O movimento avalia que a presença de uma “candidatura protofascista” representa a ascensão de um projeto autoritário no país, em referência ao candidato Jair Bolsonaro (PSL). Ao defender o apoio, a corrente tucana lembra que o partido já se juntou a adversários em eleições anteriores, como quando apoiou Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno de 1989 contra a eleição de Fernando Collor de Mello.

O documento ressalta que o apoio não representa a opinião de nenhum parlamentar ou liderança tucana ligada à corrente. O movimento promete ainda excluir qualquer filiado da tendência que se manifeste favorável a Bolsonaro. O grupo reúne cerca de cinco mil militantes nas redes sociais e é uma das mais antigas da sigla.

“A candidatura do Haddad está no campo democrático, PT e PSDB estiveram juntos em vários momentos”, disse o sociólogo Fernando Guimarães, coordenador da corrente. Na visão do tucano, que tentou, sem sucesso, se eleger para a Câmara este ano, o gesto do EPV é pontual e “não tem como ampliar”. “É mais para ver se melhora o fôlego do Haddad”, comentou o tucano, acrescentando que não foi procurado por nenhum integrante do PT para discutir o assunto.

O ex-deputado e ex-presidente do Instituto Teotônio Vilela, José Aníbal, minimizou, também nesta quinta, o apoio anunciado pelo Esquerda para Valer. Segundo o tucano, apoiar o petista nesse momento é um erro.

“Para mim, a melhor solução é não ficar nem de um lado, nem de outro”, disse o Aníbal. “É um erro, assim como acho um erro a executiva estadual, contrariamente ao que decidiu a executiva nacional, assustada com a situação do João Doria, dizer que apoia o Bolsonaro”, emendou. “Eu não apoio o Bolsonaro de jeito nenhum.”

 

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