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Convenção do PMDB tem que discutir rompimento ou independência, diz Cunha

Dividido, partido se reúne neste sábado. Executiva não planeja abrir votação sobre o desembarque do governo

Por Da Redação 10 mar 2016, 12h48

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), desafeto da presidente da República, Dilma Rousseff, defendeu que o PMDB abra discussão na convenção nacional deste sábado sobre “o rompimento ou a independência” em relação ao governo federal. Cunha disse nesta quinta-feira que o PMDB não pode “virar as costas” para o racha no partido: uma ala pede a manutenção da aliança que levou Michel Temer à vice-presidência da República, e outra prega o abandono dos cargos ministeriais. Em reuniões preparatórias da convenção, a Executiva Nacional planejou não abrir votação sobre o desembarque do governo e ceder palanque apenas para debates entre os dois grupos.

“Esse tema dificilmente deixará de ser abordado na convenção. Qual vai ser o resultado eu não sei. Mas que alguma coisa disso vai ser votada eu não tenho dúvida”, disse Cunha no salão verde da Câmara. “Eu acho que tinha que ser discutido rompimento, independência. Vai ter moção de tudo quanto é lado. Vamos ver se na hora se faz um acordo para votar algo que seja mais ou menos comum. Se não tiver, que se vote. Partido político que não debate não é partido político. Eu acho que deve ir a voto sim. Estamos num momento em que o PMDB tem que decidir na sua instância apropriada, que é a convenção, a sua manutenção ou não no governo, que tipo de relação quer ter… Ou que não seja agora e que se convoque outra [convenção]. Alguma coisa tem que ser debatida. Não podemos fazer de conta que não existe o problema.”

A divisão no PMDB se refletiu na última eleição da liderança do partido na Câmara, vencida por Leonardo Picciani (RJ), visto no Palácio do Planalto como um aliado, contra Hugo Motta (PB), apoiado por Cunha. Uma das principais trincheiras governistas no partido é justamente a ala do Rio de Janeiro, liderada pelo governador Luiz Fernando Pezão e pelo prefeito Eduardo Paes. Os oposicionistas se concentram nos diretórios de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

Na noite desta quarta, a bancada do PMDB no Senado fez um jantar com a bancada do PSDB, na casa do senador tucano Tasso Jereissati. Líderes dos dois partidos deixaram o encontro dizendo que “caminhariam juntos” na busca de saídas para a crise política e que haviam debatido a possibilidade de cassação da presidente Dilma no Tribunal Superior Eleitoral, bem como o processo de impeachment. Cunha afirmou que não tinha detalhes da reunião porque estava em um jantar com o vice-presidente Michel Temer, mas afirmou que o PMDB mantém conversas e convivência legislativa com todos os partidos.

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