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Contrariado pelo pai, Eduardo recua sobre solução militar para a Venezuela

Jair Bolsonaro afirma em Santiago 'não haver essa possibilidade', mas esquivou-se de uma resposta clara ao lado do presidente dos EUA, Donald Trump

Por Denise Chrispim Marin Atualizado em 22 mar 2019, 18h17 - Publicado em 22 mar 2019, 18h08

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) recuou de sua declaração favorável a uma solução militar para a crise da Venezuela depois de seu pai, o presidente da República, ter dito que essa possibilidade não existe. Jair Bolsonaro levara o filho, que preside a Comissão de Relações Exteriores da Câmara, a sua visita oficial ao Chile.

Ao jornal chileno La Tercera, Eduardo havia declarado que, “de alguma maneira, será necessário o uso da força” na Venezuela. Chamara o líder do país, Nicolás Maduro, de criminoso” e repetira a frase habitual do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que  “todas as opções estão na mesa”.

Por fim, concluíra: “Ninguém quer uma guerra, a guerra é má, tem muitas vidas perdidas e muitas consequências colaterais, mas Maduro não vai sair do poder de maneira pacífica”.

Questionado sobre a posição de seu filho, que estava a seu lado, o presidente o corrigiu. “Não, não. Tem gente divagando aí. Da nossa parte, não existe essa possibilidade”, afirmou Bolsonaro, o pai.

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Bolsonaro, o filho, rapidamente subordinou-se ao comando do presidente. “Não, não. Militarmente, é o que Trump diz, que todas as cartas estão na mesa”, disse. “Todas as cartas são todas as cartas, mas ninguém quer intervir militarmente. Essa não é uma hipótese relevante, e o Brasil não pensa nisso.”

O presidente da República já havia tocado no assunto logo ao desembarcar em Santiago, na tarde de quinta-feira, quando reiterara a intenção brasileira de resolver essa questão por meio de “gestões na área diplomática”. Essa tem sido a posição da ala militar de seu governo, comandada pelo vice-presidente, general Hamilton Mourão. 

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Jair Bolsonaro não tem sido totalmente enfático em suas declarações avessas à solução militar. Ao lado de Trump, na última terça-feira 19, deixou no ar seu possível endosso à tese do americano de que “todas as opções estão sobre a mesa”, inclusive o uso da força.

“Tem certas questões que, se você divulgar, deixam de ser estratégia”, disse, esquivando-se da pergunta da imprensa sobre seu apoio a uma intervenção militar. “É questão de estratégia, e tudo o que tratarmos aqui será respeitado”, completou.

 

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