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Contra impeachment, Dilma cogita apelar ao Mercosul

Após discurso comedido na ONU, presidente voltou a martelar a tese de que está sofrendo um processo sem base legal que tem "todas as características de golpe"

Por Da Redação
22 abr 2016, 21h55

Após um discurso ponderado na ONU, a presidente Dilma Rousseff elevou o tom em entrevista coletiva em Nova York e disse que é vítima de um processo de impeachment “absolutamente infundado” que “tem todas as características de golpe”. A presidente afirmou também que pode até invocar a cláusula democrática do Mercosul.

“Eu alegarei a cláusula, inexoravelmente, se caracterizar de fato, a partir de agora, uma ruptura do que eu considero um processo democrático”, disse a presidente. “Agora, quando isso ocorrerá, depende de fatos que eu não controlo”, completou. A cláusula democrática do Mercosul é uma ferramenta que, ao ser acionada, pode resultar na expulsão do país do bloco comercial, como aconteceu recentemente com o Paraguai.

“Aí falam que não é golpe. Não tem arma. Essa é uma visão incorreta do que é um golpe. Golpe é um mecanismo pelo qual você tira as pessoas do poder por razões que não estão expressas nem na lei nem no acordo institucional em que o país vive. No meu caso, tem um jeito de dar o golpe. Basta a mão. Você rasga a Carta Constitucional, e está dado o golpe”, disse a presidente, citando por pelo menos cinco vezes a palavra “golpe”.

Pela manhã, em discurso na ONU, a presidente Dilma adotou tom mais ameno e limitou-se a dizer que a sociedade brasileira preza pela liberdade e saberá impedir retrocessos. Na ocasião, ela participava de um evento da ONU para assinatura do acordo sobre mudanças climáticas do Pacto de Paris. “Quero dizer que o Brasil é um grande país, com uma sociedade que soube vencer o autoritarismo e construir uma pujante democracia. Nosso povo é um povo trabalhador e com grande apreço pela liberdade. Saberá, não tenho dúvidas, impedir quaisquer retrocessos”, disse ela, na cerimônia.

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(Com agência Reuters e Estadão Conteúdo)

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