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Com o coração armado

Acusado por colega de estar armado na sessão da CCJ, líder do PSL mostra o coldre vazio e grita: "Isso é calibre 17"

Por Fábio Altman Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 abr 2019, 07h00 - Publicado em 12 abr 2019, 07h00

Na história do Congresso brasileiro houve o caso, em 1949, do deputado carioca Edmundo Barreto Pinto, do PTB getulista, que foi cassado por falta de decoro ao posar para uma reportagem da revista O Cruzeiro vestindo apenas fraque e cueca samba-canção. Os trajes íntimos de Barreto Pinto soariam como conto de fadas nos dias de hoje. Na terça-feira 9, uma sessão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara em que seria lido o primeiro parecer da reforma da Previdência foi interrompida depois de algazarra pueril de oposição e situação. Em meio à gritaria, o deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE) acusou o Delegado Waldir, líder goiano do PSL de Jair Bolsonaro, de estar armado. O plenário virou circo. Bismarck recorreu ao regimento da Casa, que proíbe expressamente o “porte de arma de qualquer espécie nos edifícios da Câmara e em suas áreas adjacentes”. Em tom jocoso, com riso aberto, já do lado de fora da sala, Waldir negou tudo. “Estava armado de lápis, armado de caneta, armado de óculos, armado de coração”, disse. Simulou um coraçãozinho com os dedos, deflagrou uma contagem regressiva à guisa de suspense — “é um, é dois, é três” —, para então levantar o paletó e mostrar o coldre vazio. “Isso aqui é calibre 17”, esbravejou, fazendo referência ao número de Jair Bolsonaro durante a campanha presidencial. Ao seu redor, em clima de blasonaria, outros deputados gargalhavam. E assim findou uma ridícula tarde brasiliense.

Publicado em VEJA de 17 de abril de 2019, edição nº 2630

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